Iluminação de Natal na Igreja de Santa Maria gera polémica

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Os vereadores do PS apontaram o dedo ao município pelo erro

Autarquia foi alertada para a colocação de pregos nas paredes da igreja e chamou a atenção da empresa

A colocação de iluminação de Natal nas igrejas do concelho de Óbidos foi, este ano, um processo complicado e polémico.
Depois da questão das Gaeiras, num diferendo entre o pároco e a Junta de Freguesia e população local noticiado há semanas pela Gazeta das Caldas, a Igreja de Santa Maria esteve também no centro de uma polémica.
A autarquia obidense contratou uma empresa para a colocação da iluminação natalícia naquele templo. Ainda durante o mês de novembro a empresa começou a trabalhar na colocação da iluminação. Só que os métodos utilizados, nomeadamente, a perfuração de uma parede da igreja com pregos, alertaram a população. Os técnicos de arqueologia do município também notaram o que estava a ser feito e, rapidamente, alertaram a autarquia, que chamou a atenção da empresa para a necessidade de seguir o caderno de encargos.
A vereadora do PS, Ana Sousa, lamentou, em reunião de Câmara pública, a 29 de novembro, os danos causados na igreja para a colocação de iluminação de Natal, apontando à vereadora Margarida Reis. Deixou ainda a sua nota negativa para os impactos dos anos anteriores num edificado histórico, que segundo a mesma, são visíveis no templo.
Em resposta, o presidente da Câmara, Filipe Daniel, explicou que a autarquia contratou um serviço e que esperava “profissionalismo por parte da empresa”, até porque “não é possível estar a fiscalizar tudo a toda a hora”.
Na mesma reunião, a vereadora do PSD, Margarida Reis, pediu para usar da palavra para frisar que não ficaram contentes com o sucedido.
A autarquia assumiu, ainda assim, as suas responsabilidades, garantindo que iriam ser reparados os danos no templo no mais curto prazo possível.
Questionado pela Gazeta das Caldas, o presidente da Câmara, Filipe Daniel explicou que, mal foi detetado o acontecimento, alertaram a empresa para o que estava definido no caderno de encargos, tendo em conta que este património tinha já locais próprios para a colocação da iluminação. Após o alerta do município, a empresa prosseguiu os trabalhos sem mais incidentes. ■

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