Hotel Lisbonense deverá abrir dentro de dois meses

0
757

O Hotel Lisbonense deverá abrir ao público dentro de dois meses. A garantia foi dada pelo administrador do grupo FDO, Paulo Vaz Ferreira, na tarde de 15 de Maio, aquando da cerimónia alusiva à recuperação deste hotel, mas sem nada adiantar sobre qual a empresa ou grupo hoteleiro que ficaria com a sua exploração.
O evento, integrado nas festas da cidade, contou com presença de largas dezenas de pessoas, curiosas em ver o novo Lisbonense, mas que acabaram por apenas visitar um dos quartos, especialmente mobilado para o 15 de Maio. É que a anunciada cerimónia limitou-se ao hall de entrada vazio e ao quarto. O resto do hotel ficou para uma próxima oportunidade…
Os responsáveis da FDO dizem que a obra já se encontra concluída e que, para começar a funcionar, faltam apenas os equipamentos e a decoração, bem como as licenças de utilidade turística.
O hotel tem uma área de cinco mil metros quadrados, 88 quartos (dos quais oito são suites), restaurante e esplanada, piscina e spa termal. “Esperamos que a entidade que tutela as águas nos possa conceder água termal,  porque o hotel tem completamente preparado o SPA para ter  todos os equipamentos termais” afirmou Paulo Ferreira.
A concessão de águas termais para o SPA aguarda decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (que tutela o hospital Termal) e, de acordo com o responsável não é determinante para a sua concessão. No entanto, reconhece que é um “factor diferenciador” e que a taxa de ocupação do hotel será completamente diferente se houver essa concessão.
O administrador da empresa aguarda a formalização do contrato para anunciar a quem será concessionada a exploração do hotel, não confirmando assim as declarações do empresário caldense João Santos sobre a exploração daquela unidade pelo grupo Luna Hotéis. Aquele empresário, contrariamente ao previsto, esteve ausente no evento, mas tinha reafirmado à Gazeta das Caldas, na semana anterior, que tencionava ficar com a concessão do Lisbonense durante, pelo menos, 30 meses, com opção de compra ao fim desse período.
O anúncio só será feito “quando tivermos o contrato devidamente assinado”, disse, adiantando que apesar “das coisas estarem todas encaminhadas, só depois de estarem consolidadas é que faremos o anúncio público”.
A recuperação do edifício de 1870, que acolheu o rei D. Carlos I e a família real quando vinham a banhos às termas das Caldas, custou cerca de sete milhões de euros à FDO. A este investimento há ainda a juntar 1,5 milhões de euros em taxas pagas à Câmara das Caldas, a construção do centro comercial, da sua envolvente e dos arruamentos.
De origem foram mantidas as duas fachadas (norte e sul). “O resto não foi mantido mas está reproduzido”, disse Paulo Ferreira, destacando que se trata de uma obra muito importante para as Caldas, dado que é o primeiro hotel de quatro estrelas da cidade e vai permitir acolher as pessoas que se desloquem para participar em congressos e outros eventos que aqui se realizem.
“Esta é uma das obras do 15 de Maio com a qual muito me orgulho”, afirmou o presidente da Câmara, Fernando Costa. O autarca afirmou que “foi uma sorte” a FDO aparecer na cidade “seis meses antes da crise económica porque senão não teríamos esta obra”.
E porque é tradicional haver uma inauguração pelo 15 de Maio, o autarca destacou a recuperação de todo o espaço envolvente ao hotel até à Rainha. “Mais que um hotel e a existência de 80 empregados” o presidente destacou o gosto que sente ao percorrer aquela zona de entrada na cidade e “não passar envergonhado com o espectáculo que todos os dias aqui se via”.
De seguida lembrou que a reconstrução foi feita debaixo de alguma polémica e que “pode não ser perfeita mas é suficientemente digna”.

 

- publicidade -