Hoje caminha-se pela paz nas ruas da cidade das Caldas

Quarta edição da Youth é centrada no tema “Entre Conflito e Esperança: Lançar Sementes de Paz” e decorre até sábado, com várias iniciativas na cidade

Com ponto de encontro marcado para o Largo da Feira Velha, junto à Casa da Juventude (antigo Centro da Juventude), pelas 10h00, de quinta feira (25 de setembro), a Caminhada da Juventude irá percorrer as principais ruas da cidade. Depois da leitura de poemas, os participantes rumam à Rainha, seguindo pelo Parque D. Carlos I, Rua da Liberdade, até à Praça da Fruta. Seguem pela Rua das Montras até à Praça 25 de Abril, descendo depois a Avenida 1º de Maio e seguindo pela Rua da Estação até ao viaduto, rotunda da Fonte Luminosa e regressando ao local da partida. Ainda no Largo da Casa da Juventude, os participantes são convidados a participar na pintura de um mural como compromisso coletivo pela paz.

A iniciativa está inserida na 4ª edição da Youth Summit, que decorre até sábado. O dia de amanhã será dedicado à temática “Construir a Paz em Movimento: O Corpo, o Jogo e a Comunidade” como a realização do roadshow “40 anos da Adesão de Portugal às Comunidades Europeias” no Largo da Feira Velha (Junto à Casa da Juventude). Durante o resto do dia serão dinamizadas várias atividades na Mata Rainha D. Leonor. A “Paz Sustentável: ODS, Democracia e Solidariedade Global” estão em destaque no sábado no sábado, com uma mega aula de cycling na Praça 25 de Abril durante a manhã e uma mega aula de hidroginástica nas piscinas dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha à noite.

A “cimeira” da juventude começou na passada segunda-feira, no CCC. Na sessão de abertura, Rafaela Cardoso e Ana Ferreira, voluntárias do Gabinete da Juventude, partilharam a programação, mas também o seu testemunho pessoal. Há três anos Rafaela Cardoso foi a apresentadora do Toma Lá Talento e depois passou a integrar o gabinete, onde reconhece que “cresceu muito”. Ana Ferreira faz parte do grupo há um ano e gosta particularmente de participar nos programas de voluntariado pois dá-lhe “oportunidade de aprender e crescer”. Aos jovens, como elas, que enchiam a plateia (e não conheciam o gabinete), as voluntárias deixaram o convite para se inscreverem e participarem nas múltiplas atividades dinamizadas.

O Gabinete da Juventude, que organiza a Youth Summit, conta atualmente com cerca de uma centena de voluntários, sendo 30 o seu núcleo duro.

“Um projeto notável”
Também a vereadora com o pelouro da Juventude, Conceição Henriques, deixou um convite aos jovens a integrar o gabinete, lembrando a “estrutura solidária e participativa que está na base da sua construção”.

A autarca recordou que o grupo nasceu de uma “circunstância adversa”, referindo-se ao encerramento do Centro da Juventude para obras de reabilitação, em 2018, mas que se prolongaram até agora (com o espaço prestes a abrir portas). Sem um equipamento, “fomos buscar uma coisa que é muito melhor, a força das pessoas”, disse, realçando que esta circunstância adversa “resultou numa coisa forte”, que foi este projeto “notável e já bastante conhecido fora do município nas estruturas da juventude”. “Em quatro anos, a política de juventude do nosso concelho deu cartas, não obstante, a inexistência de instalações condignas”, disse, realçando o trabalho voluntário dos jovens e a sua participação ativa no programa e na delineação de objetivos no trabalho em rede com entidades, associações e outros interlocutores.

A primeira edição da Youth Summit realizou-se em 2022 tendo por temática “Pensar, Sentir, Ser e Agir”, seguindo-se nova edição no ano seguinte com o tema “New Skills”. O ano passado esteve em destaque o ambiente, com a temática “Criar no mundo conexões verdes” e, para este ano, os jovens propuseram-se a refletir sobre as principais preocupações do nosso tempo: a guerra e a paz.

Reportando-se ao Hino à Alegria, interpretado por duas jovens no início da cerimónia de inauguração, Conceição Henriques, salientou que falta cada vez mais alegria no mundo e que o equilíbrio “frágil” entre a guerra e a paz está neste momento “muito comprometido”. Considera que é papel de cada um travar a guerra, através das suas “atitudes, do seu discurso e postura na vida”, e defendeu que há uma palavra que impera neste equilíbrio e que tem sido muito esquecida: respeito.