
Miro Cardoso começou a dedicar-se à escrita depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral. Livro vai ser apresentado nas Caldas a 22 e a 29 de janeiro
Foi depois de ter tido um AVC que ganhou o “gosto pela escrita”. Começou por fazer poemas e chegou a publicar um livro onde os reuniu, agora chegou a vez de dar a conhecer o seu primeiro romance. ”Uma história de Vida” é o nome do segundo livro de Miro Cardoso.
“Trata-se de uma ficção que está alicerçada em factos verídicos”, explica o autor, de 67 anos, referindo-se ao facto de parte do enredo estar relacionado com acontecimentos da sua vida. Miro Cardoso tem a maior parte da sua vida ligada às Caldas da Rainha, pois foi na cidade termal que se casou aos 26 anos. Foi também emigrante, tendo vivido vários anos em Espanha e em França onde trabalhou na construção civil. O sexagenário também teve alguns cafés ao longo do seu percurso profissional.
Em 2011, foi vítima de um AVC quando ainda vivia em terras gaulesas. O seu casamento também terminou naquela data e não foi fácil recuperar do seu problema de coração que lhe paralisou o lado direito.
Passados dois anos e meio, Miro Costa regressou às Caldas e inicia a sua recuperação. Para ganhar forças nas pernas “fiz muitas caminhadas, cada vez mais longas, junto ao mar na Foz do Arelho”. Conta mesmo que esse exercício foi “fundamental” para poder ganhar a sua autonomia.
O autor, que gosta de ler as obras de Helena Sacadura Cabral, recorda que o gosto pela escrita só surgiu depois do problema de saúde.
“Foi como se tivesse renascido”, confessa Miro Costa, que já tem pronta uma nova obra sobre a vida em Angola. Se os leitores de “Uma História de Vida”, que se passa numa terra imaginária, chamada “Quarta-feira” e que se desenrola numa comunidade de agricultores, gostarem de a ler, este escritor promete dar-lhe continuidade.
Com um neto que sofre de autismo, os lucros da venda desta obra revertem para o familiar.
O livro “Uma História de Vida” vai ser apresentado a 22 de janeiro no café Portas da Cidade e a 29 está prevista uma nova apresentação desta obra, à mesma hora, no Café Creme, no Bairro da Ponte.






























