
A cooperativa frutícola Granfer, da Usseira (Óbidos), vai doar 30 mil euros para a “Anatomia da Identidade”, um projecto teatral que envolve escolas, centros de dia e a comunidade daquele concelho. De acordo com o actor Pedro Giestas, o projecto já “tocou directamente cerca de mil pessoas da comunidade” e irá ser disseminado pelos concelhos de Vouzela e Torre de Moncorvo.
A “Anatomia da identidade” conhece um novo impulso com a formalização do protocolo com a Granfer, que se assumiu como mecenas do projecto. O protocolo foi formalizado no passado dia 15 de Dezembro, entre a autarquia, a empresa e a Associação Cultural Noite do Fogo.
O actor Pedro Giestas, mentor do projecto, revela que este está a decorrer bem, mas que precisavam da “energia do dinheiro”.
Esta verba de 30 mil euros é parte de um orçamento total de 160 mil euros, da responsabilidade da autarquia, e que permitirá garantir a concretização das várias vertentes do projecto durante um ano. Entre elas estão o Cubo do Poetas Nossos, oficinas de interpretação teatral e um Circo das Marionetas, que irá percorrer vários eventos pelo país, referiu o actor.
Serão também realizados vídeos e documentários sobre a memória colectiva do concelho de Óbidos, uma rota dos coretos (locais onde serão feitas intervenções artísticas) e produzidas peças de teatro por um grupo que está a ser formado e que já conta com 70 participantes.
Para o feriado municipal de 11 de Janeiro está prevista a primeira apresentação com a realização de um espetáculo de rua alusivo à conquista do castelo aos mouros, embora numa perspectiva actual.
O presidente da Câmara, Humberto Marques, destacou a importância do projecto para o território, pois tem uma componente de valorização das pessoas. Informou ainda que este será também apoiado pela EDP e que estão a tentar encontrar mais mecenas junto de outras empresas.
Apoio poderá ter continuidade
Hélio Ferreira, um dos responsáveis da empresa, justificou o apoio ao projecto pela sua pertinência, por se realizar no concelho e pela responsabilidade social que a Granfer tem. “No final do ano vamos avaliar e se os resultados forem positivos, como esperamos, continuaremos a apoiar”, disse o responsável.
Dedicada à produção e comercialização de frutas, a Granfer exporta actualmente cerca de 70% das 20 mil toneladas com que trabalha anualmente. Os países de destino mais importantes são o Brasil, Inglaterra e Alemanha, mas também estão presentes no Canadá, Angola e Arábia Saudita.
No Oeste produzem a pêra Rocha e as maçãs de Alcobaça, no Alentejo os pêssegos, ameixas, nectarinas, fruta que também é produzida na zona da Cova da Beira, mais as maçãs Bravo Esmolfe.
A Granfer dá emprego a cerca de 170 pessoas durante todo o ano e chega a ter 500 a 600 pessoas a apanhar fruta.
Já em anos anteriores tem apoiado outras instituições com fruta, como o Banco Alimentar e misericórdias. Também fornecia, gratuitamente, fruta às escolas do concelho de Óbidos antes de haver o programa Fruta nas Escolas.
A melhor PME nacional no sector do Comércio por Grosso
A Granfer foi distinguida, no passado dia 16 de Dezembro, como a melhor PME (Pequenas e médias empresas) Nacional no sector do Comércio por Grosso pela revista Exame, em parceria com a Informa B&D, Deloitte Portugal e Caixa Geral de Depósitos.
Esta é uma distinção feita anualmente e no universo das 1000 maiores PME’s do país.
A empresa revela, em comunicado, que este é um reconhecimento do trabalho realizado ao longo dos últimos anos, “de seriedade e respeito, pelos trabalhadores, clientes e demais instituições com quem mantemos relações de estreita parceria”. Este ano estão a celebrar os 30 anos e orgulham-se de ter uma “visão moderna, internacional, sofisticada e de rigor para o sector agrícola em Portugal”.






























