
As tarefas da casa são hoje mais repartidas entre os casais, até porque as mulheres têm um papel cada vez mais activo na sociedade e vão longe os tempos em que a mãe era, sobretudo, a dona de casa. Mas a quem cabe a função de cozinhar? Gazeta das Caldas falou com um jovem casal caldense, que também na cozinha divide as tarefas no dia-a-dia.
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt
Na casa de Vera Martins e Rui Brito ambos cozinham. Grávida de oito meses, Vera está em casa e é, por isso, quem assume agora a função de alimentar a família, que além do pequeno rebento que vem a caminho ainda incluiu mais uma menina, Mariana, de sete anos.
Mas quando os dois elementos do casal estão a trabalhar, até é Rui quem cozinha mais vezes. “Eu trabalho por turnos e tenho horários nocturnos, por isso quem cozinha mais vezes é ele, que tem horário fixo e mais disponibilidade”, conta Vera Martins.
Na ementa do dia-a-dia estão principalmente “coisas muito práticas e rápidas de fazer”, conta o casal, que prepara principalmente carnes grelhadas, peixes no forno e muitas saladas. Elemento que nunca falta é a sopa e para a confeccionar há um aliado que tem presença cada vez mais assídua nas cozinhas portuguesas: o robot de cozinha. “Utilizamos principalmente para fazer as sopas, mas também para os doces, ou para o puré de batata”, realça Vera Martins. De resto, o casal não hesita em utilizar a tecnologia para tornar mais fácil as suas tarefas. Outro exemplo é o micro-ondas, do qual sai um arroz sempre bem-feito com a ajuda de um utensílio próprio. Os dois até brincam sobre quem faz o arroz mais apreciado pela pequena Mariana!
Já quando o dia é especial e envolve receber pessoas em sua casa para uma refeição coma família, ou entre amigos, o caso muda um pouco de figura. Nessa ocasiões é Vera quem assume o comando da cozinha. “Pratos mais elaborados ou bolos sou sempre eu que faço”, garante Vera Martins. Mas mesmo assim, Rui não fica sentado no sofá e dá uma ajuda.
Se é verdade que nem sempre a coabitação dos casais na cozinha é pacífico, no caso de Vera e Rui tal não sucede. “Também nos damos bem na cozinha, conseguimos estar os dois e não brigamos”, afirmam, mas há um segredo para tal. “Cada um a fazer uma coisa diferente. Enquanto eu cozinho o Rui prepara as coisas e depois faz as saladas”, conta Vera.
Nestas ocasiões especiais a ementa varia. Entre os pratos com os quais o casal gosta de receber em sua casa estão carne de porco à alentejana, bacalhau com natas, ou lombo recheado.
Mas no cardápio do jovem casal há uma especialidade que se destaca, a raclette. Trata-se de uma técnica culinária que utiliza uma pedra quente para grelhar alimentos na parte superior e, na inferior, derrete queijo que serve para molhar os grelhados. Idêntico ao fondue, é uma técnica de confeccionar à mesa que propícia o convívio e a partilha. Na raclette, o casal utiliza principalmente carne de vaca, uma vez que exige menos tempo de cozedura do que outras carnes, e legumes.
Noutras ocasiões, o casal gosta também de receber os amigos e a família com os petiscos típicos da cozinha tradicional portuguesa, que também permitem ir comendo por entre uma boa conversa.
Como não há bela sem senão, no fim da refeição há que arrumar tudo. Para estas tarefas o casal volta a ajudar-se entre si. “O Rui não gosta de tratar da louça, por isso essa parte fica por minha conta, enquanto ele limpa a mesa e o fogão”, conta Vera. Mas lavar a louça, isso fica para a máquina!
































