
No dia 12 de Outubro, ao final da tarde, um grupo com 18 elementos do Grupo de Forcados Amadores das Caldas da Rainha encaminhava-se para a aldeia de xisto do Talasnal, na Serra da Lousã. “Todos os anos vamos passar um fim-de-semana juntos com as nossas famílias. Este ano foi em Miranda do Corvo e decidimos ir conhecer a aldeia do Talasnal”, contou à Gazeta das Caldas Emanuel Casimiro, um dos forcados caldenses.
Quando iam a chegar, numa estrada de serra, encontraram um casal a gritar para um carro onde um senhor tentava estacionar de marcha-atrás numa berma sem separador. Só que o homem não se tinha apercebido, mas “já tinha a roda traseira do lado esquerdo no ar e depois, quando se apercebeu, tentou travar e o carro deslizou”, explicou.
Foi nesse momento que apareceram os forcados caldenses, para aquela que seria, provavelmente, a pega mais feliz da vida deles. “Chegámos e começámos a agarrar o carro e a dizer ao senhor para não acelerar, porque qualquer manobra o ia fazer cair pela ribanceira, numa queda muito íngreme, talvez com 100 metros, que só por milagre não seria fatal”.
Entretanto, e com a ajuda de populares, arranjaram-se cintas e correntes para prender o carro. Com dois cordões humanos, um na lateral e outro na traseira do carro, foi possível aguentar o peso do carro até à chegada das autoridades, cerca de 50 minutos depois do incidente.
Mas mais difícil do que suportar o peso do carro foi tranquilizar o condutor, que via a vida a passar-lhe à frente. “É muito difícil manter alguém quieto naquela situação, com níveis de ansiedade altíssimos, pelo que fomos tentando animá-lo e tranquilizá-lo”, explicou Emanuel Casimiro.
Por volta das 19h00 apareceu um jipe do Serviço de Protecção da Natureza da GNR e conseguiram amarrar o carro ao jipe, que o rebocou em segurança.






























