Volte atrás
Anuncie
Assine
Login
O 35º Festival do Vinho Português e a 25ª Feira Nacional da Pêra Rocha, que chegou ao fim no passado dia 15 de Agosto, atraiu à Mata do Bombarral cerca de 35 mil pessoas, segundo dados da autarquia local. Com a produção de Pêra Rocha atrasada por influência do clima, o vinho foi a figura principal do certame, sendo notória a presença de muitos turistas estrangeiros de copo na mão para provar um pouco dos néctares de cada produtor.
Este ano as novidades começaram logo à entrada, onde um novo pórtico transportava os visitantes para o tempo das antigas mercearias e tavernas.
O vinho é a figura principal de um certame que também é uma mostra de actividades económicas do concelho e bem como da gastronomia, com várias colectividades bombarralenses presentes com tasquinhas sempre muito movimentadas.
As primeiras bancas que se encontram compõem um circuito do vinho. Aos produtores do concelho juntam-me muitos outros, uns da região Oeste, outros vindos de outras paragens.
Bruno Gonçalves, responsável pelo enoturismo do Grupo Parras, disse à Gazeta das Caldas que a presença no evento vai além das vendas directas que proporcionam, até porque se há quem ali vá para experimentar os vinhos, também há quem vá para os beber. “Fazemos provas de vinhos com turistas noutros lados e muitos deles encontraram-nos e reconheceram-nos aqui”, disse, acrescentando que a presença em si acaba por ser mais importante. Bruno Gonçalves acrescentou que este ano o grupo decidiu levar para o evento o vinho das Gaeiras, “que tem gerado grande curiosidade”.
Nem só de vinho vive o certame. Há um ano foi naquele evento que foi apresentada a Sidrada, a sidra produzida no Bombarral. Um ano depois, Nuno Clímaco e Liliana Nobrega notaram que muitas das pessoas que experimentaram a bebida voltaram este ano a procurá-la. “E temos muitas pessoas novas a quererem conhecer a nossa sidra, que neste certame é uma alternativa ao vinho”, refere Nuno Clímaco.
Este ano trouxeram como novidade uma sidra bruta, sem qualquer adição de açúcar, e houve ainda a primeira prova da perada, uma bebida desenvolvida com Pêra Rocha que deverá chegar ao mercado ainda este ano.
Segundo a autarquia bombarralense, a opinião recolhida junto da generalidade dos expositores presentes foi bastante positiva, tanto em termos de promoção, como comerciais.
No entanto, há sempre excepções. António Caetano, director da Adega Cooperativa de Alcobaça, disse ao nosso jornal que este ano o certame lhe correu bastante pior que em edições anteriores, não devido à afluência de público no evento, mas porque o stand ficou fora do circuito dos vinhos. “No ano passado tinha corrido bastante bem, mas este ano ficámos deslocados e quando as pessoas passavam aqui já tinham comprado”, lamentou. No entanto, acrescentou que a receptividade aos vinhos por parte de quem fez provas foi “muito boa”.
No espaço dedicado à Pêra Rocha do Oeste estiveram representadas as várias organizações de produtores com sede no concelho, ou com ligação ao seu território. Este espaço foi dotado de um palco secundário onde actuaram o fadista Jorge Ferreira, a humorista Rita Leitão, o músico Emanuel Casimiro, a acordeonista Mariana Henriques, a cantora Joana Rodrigues e o músico Tahina Rahary.
CONCERTOS GARANTIRAM ANIMAÇÃO
Tal como acontece noutros certames, os concertos são uma componente que ajuda a atrair públicos diferentes. Ao palco principal subiram alguns nomes sonantes da música portuguesa, com o momento alto reservado para o último dia, com os Amor Electro. Fernando Daniel, Marco Rodrigues, a Banda Xeques Orquestra e o Tributo aos Xutos e Pontapés também animaram o certame.
No anfiteatro municipal a West Europe Orchestra, acompanhada pelos cantores André Sardet, Anabela, João Só e Mafalda Arnauth, proporcionou outro dos momentos altos do cartaz cultural, do qual fez parte ainda a Wine & Pear Party, organizada pelo Rotary Club do Bombarral, que juntou nos Claustros do Palácio Gorjão várias centenas de pessoas para dançar ao som dos êxitos dos anos 80 do século passado.
No certame foi ainda recordado o actor Vasco Santana, cujo papel foi interpretado pelo seu sobrinho-neto, o ator e fadista Jorge Ferreira.
No Espaço Gourmet decorreram acções diárias de show cooking e duas ações de harmonização enogastronómica, a primeira com o restaurante tailandês Supatra Thai e a segunda com a Chef Maria Urmal, ambas com a participação do enólogo Miguel Móteo.
Concurso de vinhos com 61 participantes
Durante o certame realizou-se o habitual concurso de vinhos, que contou com 61 participações e teve alguns vinhos produzidos na região premiados.
Regionais de Lisboa Leves
1º Solar da Marquesa (branco – 2017)
Casa Agrícola Horácio Nicolau – Adão Lobo
2º Mundus Evolução (branco – 2016)
Adega Cooperativa da Vermelha
3º Sôttal (branco – 2017)
Companhia Agrícola do Sanguinhal
Brancos IG – Indicação Geográfica
1º Mundus Evolução (Colheita Selecionada – 2015)
Regional de Lisboa -Adega Cooperativa da Vermelha
2º Cerejeiras Selecionado 2017
Regional de Lisboa – Companhia Agrícola do Sanguinhal
3º Talismã Reserva 2015
Regional de Lisboa – Adega Cooperativa da Labrugeira
Tintos Indicação Geográfica (Varietais)
1º Sanguinhal (Touriga Nacional 2015)
Lisboa – Companhia Agrícola do Sanguinhal
2º Adega de Pegões (Alicante Bouchet 2015)
Setúbal – Cooperativa Agrícola de St. Isidro de Pegões
3º Peripécia (Merlot 2016)
Lisboa – Cerrado da Porta – Sobral de Monte Agraço
Tintos Indicação Geográfica
1º Penha do Meio Dia
Lisboa – Adega Cooperativa do Cadaval
2º Da Franca (Premium 2015)
Lisboa – Nuno da Franca Ribeiro – Reguengo Grande
3º Mariafonso 2015
Lisboa – Adega Cooperativa de Dois Portos
Brancos Denominação de Origem Protegida
1º Quinta Várzea da Pedra (Reserva 2016)
DOC Óbidos – Quinta Várzea da Pedra – Bombarral
2º Alma Vitis
DOC Torres Vedras – Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventosa
3º Empatia 2016
DOC Alenquer – Adega Cooperativa da Labrugeira
Tintos Denominação de Origem Protegida
1º Quinta de S. Francisco 2016
DOC Óbidos – Companhia Agrícola do Sanguinhal
2º Alma Vitis
DOC Torres Vedras – Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventosa
3º Fontanário de Pegões (Reserva 2015)
DOC Palmela – Cooperativa Agrícola de St. Isidro de Pegões
