Festival da Codorniz do Landal continua a ser um sucesso

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Certame recebeu, segundo a organização, mais de 12 mil pessoas ao longo dos quatro dias

Objetivos para o próximo ano passam pelo lançamento da Confraria e pela entrada da omelete no livro do Guiness

A 11ª edição do Festival da Codorniz do Landal recebeu, segundo o presidente da Junta de Freguesia, Armando Monteiro, cerca de 12 mil pessoas ao longo dos quatro dias. O sábado foi o dia mais concorrido, com mais de quatro mil pessoas no certame.
O evento continua a afirmar-se como um sucesso, com melhorias a cada edição. Este ano foi construído um novo edifício de sanitários públicos para apoio ao festival, fruto de um investimento de 27 mil euros (comparticipado a 50% pela Câmara). Outra novidade foi a criação de uma banca com petiscos, que servem para entreter a fome enquanto há filas de espera para jantar. Esta foi uma iniciativa de Joana Matias, dos Rostos, que desenvolveu com as codornizes vários produtos. Quiche, rissóis, pasta para sandes e até perninhas de codorniz panadas entravam no menu. A diversidade de receitas que é possível confeccionar com codorniz é uma imagem de marca do festival. “É um produto da terra que dá para utilizar em vários pratos diferentes”, nota. Num menu completo temos a canja de codorniz e os ovos cozidos ou estrelados para entradas. Depois, vem a codorniz grelhada ou frita, à bolhão pato, à lagareiro ou em bitoques, mas também em omeletes. No final, um pudim de ovos.

Voluntários das associações dão vida ao certame

Outra imagem de marca é a participação de centenas de voluntários que ao longo do evento confeccionam e servem milhares de refeições. Hugo Matias é presidente do Grupo Desportivo Santa Suzana e conta-nos que “este ano foi muito bom, o sábado foi o dia mais forte, mas tivemos uma afluência maior no primeiro dia e o último também surpreendeu”, analisou. Nesta associação trabalham cerca de 30 voluntários, apenas a cozinheira é contratada. Têm entre os 18 e os 79 anos e diferentes ocupações. Há quem trate de jardins, quem seja empresário, quem trabalhe na agricultura e quem esteja reformado, por exemplo. “Nenhum de nós trabalha na área da restauração!”.
Este ano foram premiados com o melhor prato, uma trouxa de codorniz em cama de espinafres, com molho de framboesa. Lá está, a diversidade deste produto é grande. Ainda assim, “as grelhadas e as fritas são as mais procuradas”. Em quatro dias só esta tasquinha vendeu mais de 3200 codornizes.

Omelete gigante tinha 10300 ovos e 15 metros. Para o ano querem entrar no Guiness
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No festival encontramos o casal Maria João Fialho e Álvaro Silva, que vieram do Bairro Sra. da Luz. “Fui jornalista na rádio em Óbidos e vim cá fazer as inaugurações nos primeiros anos”, recorda Maria João Fialho. “Está muito diferente, muito acolhedor e gostei muito”, refere. Conta-nos que veio no sábado, mas não encontrou lugar para estacionar e decidiu voltar no domingo. “Hoje foi tudo fácil e rápido, encontrámos logo mesa e fomos logo servidos”. Depois de comerem codornizes grelhadas, que “estavam 5 estrelas”, elogiaram “o ambiente” que encontraram. E, como no Landal, as mesas corridas convidam ao convívio e à partilha, salientam “a boa colaboração com os vizinhos de mesa, que não conhecíamos, mas com quem partilhámos a comida e a bebida”. É, portanto, “para voltar!”.
Logo na inauguração desta edição, como tem sido tradição, foi apresentada a omelete gigante. A deste ano, com 15 metros, resulta da confecção de 10300 ovos de codorniz por parte dos voluntários das associações. “Para o próximo ano o objetivo é inscrever a omelete gigante de ovos de codorniz do Landal no livro do Guiness”, contou Armando Monteiro. Também para a próxima edição admite o encerramento de mais ruas. O lançamento dos estatutos da confraria da codorniz deverá ocorrer na inauguração do evento do próximo ano. O autarca salientou a participação da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, que ano após ano encontra formas diversas de apresentar este produto. Já o presidente da Câmara, Vítor Marques, revelou que estão a preparar a quinzena gastronómica da codorniz nos restaurantes do concelho, em moldes semelhantes ao Festival da Lagoa. ■

O Landal é a freguesia do país onde se produzem mais codornizes

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