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Cerca de 150 mil pessoas passaram pela XI edição do Festival Internacional de Chocolate, que decorreu em Óbidos entre os dias 23 de Fevereiro e 17 de Março (entre sexta-feira e domingo). O número foi avançado pelo vereador Humberto Marques, que fez um balanço positivo do evento, realizado num “momento difícil e em que as instituições públicas têm tendência a acabar com muitas coisas, algumas delas com dimensão económica bastante importante”.
Óbidos manteve-se fiel à realização do evento mesmo sabendo da realidade nacional e, com isso, gerou “grandes fluxos de caixa na economia local e com taxas de ocupação na hotelaria na ordem dos 80%”, adiantou o autarca.
Apesar das condições climatéricas adversas (que levou a adiar um dia a abertura do festival), o evento foi visitado por pessoas de todo o país e também bastantes estrangeiros, na sua maioria espanhóis e franceses.
“O festival do chocolate tem hoje uma atmosfera que convida a visitar Óbidos nesta altura”, disse Humberto Marques, acrescentando que o evento não é estático e a cada edição procuram fazer ajustamentos que possam agradar aos visitantes.
O tema desta edição foi “Charlie e a fábrica de chocolate” e teve como pontos altos a exposição de esculturas em chocolate e a passagem de modelos que este ano teve por tema “Chocolat Provocateur”. As propostas de Isabo e Kristine Kosta, que aliaram o glamour de Paris nos anos 20 e o atrevimento das Pin up girls da década de 50, encheram de público a Praça de Santa Maria.
Humberto Marques destacou a “exigência criativa e de pormenores”, da temática, que o público apreciou e que mostrou que “os profissionais nacionais estão a par dos melhores a nível internacional”.
Este ano encetaram também novas áreas como o trabalho artístico do açúcar, com a recuperação da técnica do sopro (tal como acontece com o vidro). “Esta é uma área que pode crescer dentro do festival, com a realização de esculturas de outra envergadura”, disse o autarca, dando também nota positiva da animação e cenografia do evento.
Os cursos de chocolate são também cada vez mais procurados pelos visitantes e esgotaram logo nas primeiras semanas.
Entre as novidades estiveram o concurso “My Chocolate Box” e o espaço de produção de bombons denominado “Fábrica de Chocolate”. Houve também, pela primeira vez, uma livraria dedicada apenas a livros de cozinha e pastelaria com a temática do chocolate e outra zona dedicada à experimentação de cocktails de chocolate, num ambiente de laboratório de investigação.
O festival contou com um orçamento de 200 mil euros.
