Festa da gastronomia e animação popular junta milhares na Expoeste até ao próximo domingo

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O pavilhão de exposições da cidade das Caldas da Rainha transforma-se, por estes dias, no maior restaurante do Oeste, com mais de 1700 lugares onde é possível saborear o melhor da gastronomia da região, confecionada pelas coletividades do concelho, ao som da música popular

Mário Máximo dirigiu-se à Expoeste logo no primeiro dia em que arrancaram as tasquinhas, a 5 de agosto. A impossibilidade de ali regressar nos dias seguintes e o facto de nessa sexta-feira as temperaturas estarem mais frescas do que o habitual em agosto, mesmo no Oeste, ditaram a visita e o jantar naquele que é, por estes dias, o maior restaurante da região.
Este ano escolheu a tasquinha da Associação para a Dinamização da Foz do Arelho para jantar, a mesma onde há anos trabalhou como voluntário, enquanto elemento da direção da Associação de Solidariedade Social da Foz do Arelho. Para o repasto a escolha só podia ser uma: bivalves da Foz, “que é do melhor que há”, disse à Gazeta das Caldas.
A acompanhá-lo levou uma amiga, Cacilda Gomes, de Ourém, que está de visita às Caldas. “Este evento serve para divulgar os produtos das terras e a sua gastronomia”, comentou, acrescentando que também na sua zona são dinamizadas tasquinhas e uma feira medieval.
De visita à região durante as férias, o casal Carlos e Ana Henriques não perdeu a oportunidade de conhecer a Exportur-Festa de Verão. Consideram que se trata de uma “oportunidade” de saborear a gastronomia tradicional e destacam a variedade que existe neste certame. “É de destacar o esforço feito pelas associações, que garantem todos estes espaços de refeição”, salientou Carlos Henriques, enquanto terminava o seu prato de carne. Já a esposa optou pelo bacalhau, mas destaca que “com tanta oferta é muito difícil escolher!”.
Inauguradas na tarde de 5 de agosto, por uma comitiva composta por elementos da autarquia, assembleia municipal e diversas entidades do concelho, as Tasquinhas irão decorrer até 14 de agosto, aliando o melhor da gastronomia à animação, etnografia, artesanato e ainda uma mostra do associativismo das freguesias. Os pratos típicos e petiscos das freguesias são confeccionados e servidos pelos elementos das associações e coletividades. Algumas delas apresentando iguarias como os famosos chícharos, um leguminoso de origem árabe, que é servido com respos, os bivalves, marisco e peixe da Lagoa de Óbidos, ou mesmo novas opções, como é o caso de pratos vegans ou vegetarianos.

Perto de 40 stands de artesanato
O evento, organizado pelo departamento de eventos da Câmara com o apoio da ADIO, volta à Expoeste após dois anos de suspensão devido à pandemia e conta com a participação de 14 tasquinhas. No último ano em que se realizaram, em 2020, eram 20 as participantes e já chegaram a ser 23. As dificuldades resultantes de dois anos de portas fechadas levou a que algumas das coletividades do concelho não tenham direção ou enfrentem problemas na captação de voluntários para garantir os 10 dias de certame. A estes espaços junta-se o stand institucional, que este ano junta as 12 freguesias num mesmo espaço, combinando fotografias identificativas de cada uma delas, 40 stands institucionais do concelho e 38 espaços de stands artesanato. O presidente da Câmara, Vítor Marques, que visitou cada um destes espaços no primeiro dia e caracteriza-o como um dos maiores eventos do concelho, e que possui um “significado muito especial”, tendo em conta que junta as associações do concelho, sejam elas culturais, recreativas, desportivas ou sociais, representando todo o concelho. “É uma forma de se divulgarem e também uma fonte de receita para apoiar as suas atividades”, destaca.
O autarca reconhece que o movimento associativo ainda não está a funcionar na sua plenitude e destaca o esforço feito pelas associações presentes em assegurar o funcionamento das tasquinhas. “As pessoas fazem isto por uma paixão pelas suas coletividades, mas a pandemia trouxe uma forma diferente das pessoas estarem”, referiu, acrescentando que o município está “atento, no sentido de poder apoiar e suprimir as dificuldades”.
O artesanato, que se encontra disposto no eixo central do certame, deixou de ter as habituais estruturas quadradas e passou a ser apresentado em bancas de madeira. Um risco assumido pela organização e que Vítor Marques considera que cria uma maior harmonia no espaço e permite uma maior ligação e visibilidade entre todos.
Também a animação é um dos “pratos fortes” do evento. Pelo palco da Expoeste irão passar hoje, 11 de agosto, o cantor Saul, enquanto que amanhã atuarão Wanda Stuart, Mico da Câmara Pereira e Adelaide Ferreira. No sábado o palco será dos Sons da Terra e, por último, no domingo, terá lugar o espetáculo de revista Taberna do Ti Ernesto. ■

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