Ferrel: Moradores acusam Junta de atentado ambiental

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Moradores da urbanização Baleal Sol Village 1 acusam Junta de Freguesia, mas autarquia garante que trabalhos não estão terminados e refuta polémica.

Um grupo de moradores da urbanização Baleal Sol Village 1, na freguesia de Ferrel, acusam a Junta de Freguesia de Ferrel de cometer um “atentado ambiental” com a substituição de jardins e canteiros “por anti-ecológicas mantas de plástico e por cima gravilha preta e branca”.
Para a comissão de moradores que foi recentemente constituída, tal, “além do atentado ambiental, representa uma degradação da imagem do bairro”. Esta ação já teve consequências, nomeadamente com a Quercus a retirar a Junta do manifesto “Autarquias sem Glifosato/Herbicidas”.
Através de uma nota nas redes sociais, a Quercus realça que “em fevereiro de 2022, a Junta de Freguesia de Ferrel começou a reduzir os espaços verdes e algumas áreas sem manutenção através da sua artificialização com tela de plástico e materiais inertes (gravilha preta e branca), o que despoletou a contestação por parte de moradores mais sensíveis às questões ecológicas” e refere que “todas as tentativas de contacto, quer pela Quercus, quer pelos moradores, foram infrutíferas”.
Deste modo, a associação ambiental diz ter-se visto “obrigada a retirar a Junta de Freguesia de Ferrel do mapa da campanha pela violação dos princípios que devem suportar a abordagem livre de herbicidas, designadamente a promoção da biodiversidade e o envolvimento da população, e do espírito de cooperação institucional”.
Questionado pela Gazeta das Caldas o presidente da Junta, Pedro Barata, explicou que os trabalhos iniciados naquele local não foram terminados devido à falta de chuva e a dois casos de doença entre os funcionários da autarquia.
O autarca nota que a Junta sempre cumpriu o manifesto e que há entidades, “como a Câmara Municipal de Peniche”, que, segundo ele, não cumprem e mantém o galardão em vigor.
“Esta decisão deixa a nú várias coisas: primeiro queriam retirar-nos do manifesto para contentar os seus pares, que habitam no local, numa atitude radical e infundada e, segundo, deixa cair por terra a credibilidade e o mérito de um programa com enorme potencial”, afirma.
O presidente da Junta diz que esta “foi uma atitude corporativista” e que não pode desprezar que há pessoas ligadas à Quercus relacionadas com moradores desta urbanização.

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