
O autarca, que agora é vereador na Câmara de Loures, disse à Gazeta das Caldas sentir-se “muito honrado” com o lugar que ocupa e que “é o melhor de sempre ocupado pelo distrito de Leiria” a estas eleições.
Actualmente o PSD possui oito eurodeputados e o CDS-PP dois. Fernando Costa reconhece que caso não houvesse coligação, ocuparia o oitavo lugar na lista do PSD, mas garante que não se sente prejudicado. “Estando os dois partidos no governo faz todo o sentido irem a eleições em coligação, não só nas europeias, mas sobretudo nas próximas legislativas”, disse.
O autarca afirma que dificilmente será eleito e que, caso isso acontecesse, seria “um resultado extraordinário para a coligação”. Ainda assim, diz-se “um lutador e guerrilheiro” e que aceita “de bom grado mais este desafio, independentemente do resultado final”.
Embora reconheça que o processo foi mal preparado no início e que as consequências estão à vista, Portugal “terá que se manter” na moeda única, afirma Fernando Costa, acrescentando que economistas de renome e dos vários quadrantes políticos têm advertido que uma possível saída traria graves prejuízos para o país e para os seus habitantes.
“A saída de Portugal do euro traduzia-se numa perda dos rendimentos e poder de compra na ordem os 30 a 40% no imediato”, especifica o autarca, acrescentando que o maior problema seria para a banca, empresas e para o próprio Estado, que teria mais dificuldades no pagamento da sua dívida externa.
PRIORIDADE É O COMBATE À CORRUPÇÃO
Caso seja eleito, uma das suas bandeiras será o combate à corrupção, por parte dos bancos, empresas, autarquias e governos, que “existe por toda a Europa e que a classe política parece ter medo em combater e denunciar”. Defende também uma maior solidariedade e justiça entre os países do Norte e do Sul, o que considera não estar a existir actualmente.
“A Europa rica do Centro e Norte não só está a enriquecer à custa dos países periféricos e mais atrasados, como está de alguma forma a explorá-los”, disse, defendendo a reindustrialização da Europa periférica como factor da criação de emprego.
A nível regional, o político destacou como temas a defender o combate à desertificação do interior do distrito de Leiria e dos problemas ambientais que afectam a costa litoral do distrito e do Oeste, nomeadamente os casos do Rio Lis e da Lagoa de Óbidos. Também o preocupa o futuro da Linha do Oeste, as questões da saúde e da coesão social.
Fernando Costa refere ainda que, embora indicado por Leiria, é residente no Oeste e teve também apoios desta região, assim como de Lisboa.
Questionado sobre a situação da Ucrânia, Fernando Costa considera que deve haver “bom senso” entre todas as partes intervenientes para evitar a guerra, mas adianta que “neste momento a atitude da Rússia é condenável”.
A lista de candidatos do PSD foi aprovada com 88% dos votos na reunião do Conselho Nacional social-democrata, que decorreu no passado dia 2 de Março.
O PSD e CDS-PP vão concorrer juntos às eleições europeias, através da coligação “Aliança Portugal”, e acordaram que o quarto e oitavo lugares da sua lista conjunta seriam indicados pelos centristas. A liderar a candidatura estão os sociais-democratas Paulo Rangel, Fernando Ruas e a candidata independente dos Açores, Sofia Ribeiro.
Já é conhecido que o quarto lugar será ocupado pelo eurodeputado Nuno Melo. O segundo nome do CDS-PP para integrar a lista apenas seria divulgado no Conselho Nacional do CDS-PP, marcado para a passada quarta-feira à noite.
As eleições terão lugar a 25 de Maio.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























Livrarmo-nos deles ,é que não há meio…