Feira de velharias e artesanato dinamizou o centro da cidade

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No passado sábado, dia 31 de Agosto, no Centro Comercial D. Carlos I decorreu uma feira de antiguidades, velharias e artesanato na qual se venderam porcelanas, metais, discos e móveis, entre outros produtos. Tratam-se de artigos que não se encontram facilmente à venda nas lojas tradicionais e tendem a puxar os compradores para o saudosismo. É a terceira vez que este evento se realiza, desde o início desde ano, visto que este evento apenas começou a ser realizado em 2013.

João Garcia Serôdio esteve envolvido na organização do evento. Foi ele que forneceu à administração do centro comercial os contactos das pessoas que “fazem o trabalho das antiguidades e das velharias”, tal como o próprio disse. Além disso, foi ele que ajudou à divulgação desta feira e também foi um dois expositores. Foi de resto, uma das únicas duas pessoas que tinham os seus produtos expostos na feira e que eram caldenses. Os outros feirantes são, segundo João Serôdio, “pessoas relacionadas com a cidade porque vêm regularmente fazer um evento semelhante, mas não têm aqui estabelecimentos”.
Os produtos que João Serôdio vende nesta feira são essencialmente móveis e livros antigos. Tratando-se de um coleccionador, ele vende o que vai juntando e coleccionando.
Já Jorge Rodrigues, que vem da Malveira e colecciona caixas, sente a necessidade de vir para este tipo de feiras vender diversos tipos de produtos para conseguir sustentar os armazéns que possui. Não vende o que colecciona, mas vende outro tipo de artigos coleccionáveis, como por exemplo, jogos, caixas de medicamentos antigos, telefones antigos, pimenteiros, vidros e loiças, entre outras coisas. Jorge Rodrigues vem todos os anos às Caldas fazer este tipo de certame. Uma feira que classifica de “excelente” e que considera muito importante porque  “pelo menos as pessoas aprendem um bocadinho e mostram aos mais novos como era antigamente”.
Este vendedor encara estas feiras como um segundo emprego e como uma forma diferente de estar na vida e uma forma de conviver com pessoas diferentes.
Maria Romão já não é a primeira vez que frequenta esta feira. Das outra vezes que a visitou, adquiriu, entre outras coisas, chávenas. Quando questionada sobre o que pensa deste tipo de feiras, a cliente diz que “para o pessoal que gosta de coisas antigas”, acha bem que procurem nestas feiras os produtos que gostam. Na sua opinião, a feira devia de se fazer todas as semanas. Quanto aos produtos vendidos, Maria Romão considera que, naquele dia, encontravam-se à venda “umas chavenitas chinesas que são bonitas e são boas”.
Outro cliente que encontramos na feira é Diamantino Fernando que, segundo contou, visitou pela primeira vez.  Nestes certames costuma procurar publicidade antiga, postais e outros documentos antigos. Também procura louças das Caldas. “Estas feiras realizam-se um pouco por todo o país, normalmente no centro das localidades, e muitas delas são muito apoiadas pelas autarquias locais pois são uma mais valia no sentido de chamar as pessoas para os centros das cidades”, disse.
Diamantino Fernando considera que estes certames são uma mais valia porque “atraem uma grande diversidade de público que, ao virem a estas feiras e aos centros das localidades, beneficiam também o comércio tradicional”.
Elisabete, da loja Exclusive Boutique, também concorda com esta ideia e acrescenta que, embora esta feira não tenha nenhum efeito nas vendas da sua loja, no entanto dá a conhecer o centro e as lojas nela instaladas.
A próxima edição da feira deverá ocorrer em Novembro, novamente no quinto sábado desse mês.

Tiago Mota
tmota@gazetadascaldas.pt

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