
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes garantiu que a farmácia do hospital das Caldas vai ser remodelada, permitindo assim que ali voltem a ser produzidos os citotóxicos (medicamentos usados em quimioterapia) que actualmente estão a ser feitos em Lisboa e transportados para as Caldas.
O governante anunciou esta intenção à saída de uma reunião de trabalho que se realizou nas Caldas da Rainha no passado dia 13 de Julho. O ministro referiu-se ainda à reabilitação do bloco operatório e manteve que continua a ser uma prioridade as obras nas urgências das Caldas, cujo concurso público, aliás, já está a decorrer.
O governante não se comprometeu com um prazo para a passagem do CHO a Entidade Pública Empresarial, mas garantiu que está para breve.
A remodelação da farmácia hospitalar das Caldas vai avançar, garantiu o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que esteve nas Caldas no passado dia 13 de Julho. O governante trouxe consigo a vice-presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Carla Gonçalo, para se inteirar dos investimentos a realizar e disse que “depende agora da administração do CHO fazer os procedimentos”, para que a obra avance, permitindo retomar a preparação dos tratamentos de quimioterapia.
Adalberto Campos Fernandes definiu ainda como prioridade a reabilitação das condições do bloco operatório do hospital caldense e anunciou obras de requalificação das urgências de Torres e das Caldas da Rainha.
O governante reuniu no Museu do Hospital e das Caldas, durante mais de três horas, com a equipa directiva do CHO, presidentes de Câmara das Caldas, Peniche e Torres Vedras, e elementos de organismos públicos ligados à saúde e da comissão de utentes. Aos jornalistas, no final da reunião, disse que lamentava que o processo de passagem deste centro hospitalar para entidade pública empresarial (EPE) “se tenha atrasado tanto” e que, depois de anunciado há mais de ano, não esteja ainda concretizado.
Questionado sobre uma data para esta passagem de estatuto, não se quis comprometer “para não errar”, explicando que o processo está a ser avaliado pela Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM). Esta unidade do Ministério das Finanças terminou recentemente o processo para o Centro Hospitalar da Universidade do Algarve.
O governante quis ainda deixar o sinal de que, independentemente do estatuto, vai “olhar para o CHO com uma atenção redobrada e procurar garantir que chegamos ao Inverno com melhores condições”.
Ana Paula Harfouche, presidente do Conselho de Administração do CHO, informou que vai reunir com a ARS na primeira semana de Agosto, para trabalhar sobre a intervenção na farmácia e que depois darão continuidade a todo o processo, que passa por fazer o programa funcional, estudo prévio, projecto de execução e obra. A mesma responsável salientou que as urgências de Torres Vedras serão alvo de uma remodelação “muito similar” à do serviço das Caldas da Rainha, orçado em 1,7 milhões de euros.
Ana Paula Harfouche adiantou ainda que o CHO tem vindo a ser alvo de uma “melhoria continua”, especificando que nos últimos 18 meses foram gastos 500 mil euros em reparações e 800 mil euros em substituição de equipamentos.
Também presente na reunião, o presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, considera que esta foi importante porque permitiu fazer um ponto da situação e “insistir” na concretização do que já estava anunciado e prometido há algum tempo. “O governante deu garantias de que haveria uma maior atenção para que os prazos não voltassem a derrapar”, disse o autarca.
Já Vitor Diniz, porta-voz da Comissão de Utentes do CHO, destacou que a reunião permitiu ao ministro esclarecer os motivos dos atrasos nas obras e mostrar a sua preocupação com este centro hospitalar. “Disse-nos que o CHO, a partir de agora, ia andar na mão dele”, contou à Gazeta das Caldas.
Vitor Diniz realça também as intervenções dos autarcas e contou que Tinta Ferreira “colocou em cima da mesa as questões mais preocupantes do hospital e defendeu bem a preocupação dos utentes”. Já o autarca de Peniche falou da necessidade de um novo hospital na região tendo referido, segundo Vítor Diniz, que “se este ainda não existe a culpa era dos anteriores presidentes de Câmara”.
Esta reunião de trabalho do ministro da Saúde com as várias entidades ligadas ao CHO surgiu na sequência de um encontro do governante com a Comissão de Utentes do centro hospitalar.






























