Para o arranque deste ano lectivo as famílias portuguesas gastaram 455 euros, menos 73 que no ano passado. O que também diminuiu foram as intenções de compra dos consumidores em todas os produtos relacionados com o regresso às aulas, após dois anos consecutivos de crescimento.
As papelarias voltaram a ser o local mais escolhido para realizar as compras de regresso às aulas e 94% dos inquiridos prefere adquirir manuais escolares novos.
Este estudo foi realizado pelo Observador Cetelem, que entrevistou 600 indivíduos entre os 18 e 65 anos.
Uma diferença de 73 euros. É este o valor apontado pelo Observador Cetelem, que revela que este ano lectivo as famílias portuguesas vão gastar em média 455 euros com o regresso às aulas, enquanto que no ano passado as despesas rondavam os 528 euros. Por outro lado, registou-se um aumento de dois por cento (de 25% para 27%) dos consumidores que optam por recorrer ao cartão de crédito para pagar essas despesas.
Pela primeira vez desde 2013, as intenções de compra dos portugueses diminuíram em todas as categorias de produtos relacionados com o regresso às aulas (sem contar com o material escolar), sendo que os artigos de vestuário e calçado mantêm-se como os mais comprados nesta altura (78%). Seguem-se os equipamentos e artigos desportivos (55%).
De notar que as famílias com filhos em idade escolar planeiam ter gastos principalmente com vestuário, calçado e equipamento desportivo, enquanto os estudantes adultos tencionam gastar mais dinheiro em artigos de informática (telemóveis, computadores) e meios de transporte próprio (automóvel ou mota).
“Ano após ano, os portugueses tinham vindo a aumentar as intenções de compra no regresso às aulas, mas este ano pensam gastar menos, embora continuem a colocar no topo das suas intenções os mesmos itens”, realça Diogo Lopes Pereira, director de Marketing do Cetelem em Portugal.
Outro dado é que 59% das famílias com filhos na escola opta por comprar o material escolar num único momento (principalmente com duas semanas de antecedência), enquanto os estudantes adultos preferem ir comprando o que necessitam ao longo do ano (65%).
Relativamente aos manuais escolares, a maioria dos portugueses (94%) mantém a intenção de comprar livros novos. Ao mesmo tempo, a procura por livros em segunda mão ou emprestados desceu consideravelmente face a 2015 (de 33% para 19% e de 27% para 18%, respectivamente). Contudo, é nos estudantes com mais de 18 anos que esta última opção ainda é mais recorrente.
Diogo Lopes Pereira explica que “a maioria dos manuais para crianças e jovens são simultaneamente teóricos e práticos, com resolução de exercícios no próprio manual, o que dificulta a sua utilização por mais que uma pessoa”, o que vem justificar a preferência de 94% dos inquiridos.
PAPELARIAS EM VEZ DE HIPERMERCADOS
Ao contrário de 2015, ano em que os hiper e os supermercados foram o espaço mais escolhido pelos consumidores para fazer as compras do regresso às aulas, este ano as papelarias voltam a ser o local preferido dos portugueses. Oitenta por cento dos inquiridos escolheu as papelarias contra 65% que optou pelas grandes superfícies comerciais. As compras pela internet são opção para 22% dos entrevistados, maioritariamente estudantes adultos.
“A preferência dos consumidores pelas papelarias é um bom indicador para o comércio local e pode significar que estes estabelecimentos se adaptaram ao mercado e oferecem condições competitivas aos hipermercados”, sublinha Diogo Lopes Pereira.
O estudo realizado pelo Observador Cetelem conclui ainda que a maioria dos pais conta dar aos filhos um limite máximo de dez euros por semana e que 30% das famílias afirmam ter algum tipo de poupança para a educação futura dos seus filhos, embora 47% afirme não tencionar criar qualquer tipo de poupança para esta finalidade.































