Família numerosa dos Vidais ganha “casa nova”

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Notícias das Caldas
D.R.

Diversas empresas e voluntários da região juntaram-se e melhoraram as condições de vida de uma família numerosa dos Vidais. O projecto de responsabilidade social empresarial foi lançado pela AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste e consistiu na construção, requalificação e reabilitação da habitação, preparando-a para acolher as crianças com todas as condições necessárias e colmatando as limitações que havia ao nível da mobilidade de um menor incapacitado.

Três meses foi o tempo que demorou a intervenção na habitação da família Simões. Este agregado familiar composto pelo casal e seis menores (três filhos e três sobrinhos que acolheram por estarem em risco de institucionalização) foi sinalizado pela Câmara das Caldas devido às dificuldades que a casa apresentava, ainda para mais tendo em conta que uma das crianças é deficiente motora.
A casa, de dois pisos, tinha a ligação apenas por uma escada exterior e era sempre necessário um adulto para levar o jovem para o quarto, no primeiro andar, sujeito à chuva e ao frio. Também não havia cozinha nem um local para os jovens estudarem e o único espaço comum e de lazer era a sala de estar.

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A AIRO fez então o levantamento das necessidades da obra e depois o seu Gabinete de Inserção Profissional (GIP) contactou com um conjunto de trabalhadores desempregados que abraçou o projecto dando a mão-de-obra. O material e equipamento utilizado foram disponibilizados pelas empresas associadas.
A EBI de Santa Catarina (estabelecimento onde as crianças estudam e que já acompanhava a família) também participou na iniciativa ao arranjar o empreiteiro que ficou responsável pela intervenção, que teve um custo de cerca de 20 mil euros.
O resultado final foi uma casa ampliada e com melhores condições de habitabilidade. No rés-do-chão foi criado mais um quarto com casa de banho adaptada para o jovem deficiente e foi feita uma escada interior de acesso ao piso superior, assim como uma cozinha, que foi totalmente equipada com móveis e electrodomésticos.
No primeiro andar foi feita uma sala de estudo e uma casa de banho de apoio aos quartos.
A casa foi toda pintada, alargadas as portas e feita uma rampa de acesso. Foram também criadas condições de conforto como um novo piso e a colocação de uma salamandra para aquecimento e electricidade em algumas divisões.
“O nosso objectivo foi facilitar e criar condições aos menores para estudar, pelo que a sala de estudo foi muito importante”, realça Sónia Almeida, coordenadora da rede de responsabilidade social da AIRO.
A família Simões irá continuar a ter acompanhamento desta associação, assim como da parte da escola de Santa Catarina.
Foi o maior projecto que a AIRO dinamizou ao nível da responsabilidade social, envolvendo diversas instituições, mas a sua continuidade está garantida. A Loja Social da Santa Casa da Misericórdia das Caldas já solicitou ajuda para melhorar a situação de uma família que acompanham em Salir de Matos, o mesmo tendo acontecido com uma outra família acompanhada pela Unidade de Cuidados Continuados do Centro de Saúde.
Ao nível da formação das Pequenas e Médias Empresas (PME), a AIRO está a trabalhar a ética profissional nas empresas.

“Crescer e aprender” no Centro Escolar de Santo Onofre

Três professores desempregados estão a ajudar os alunos do Centro Escolar de Santo Onofre em regime de voluntariado. Trata-se do projecto-piloto “Crescer e Aprender” dinamizado pela Academia de Talentos da AIRO, que pretende que os profissionais em situação de desemprego continuem a sentir-se motivados.
“Naquela escola o professor tem 25 alunos e não consegue chegar de igual forma a todos eles, pelo que são sinalizados os alunos com mais dificuldades que têm um apoio com o professor voluntário”, explica Sónia Almeida. Esta docente trabalha com o grupo duas horas de Português e outras duas de Matemática por semana.
Além do acompanhamento que está a ser feito na sala de aula, a escola sinaliza as famílias para perceber que tipo de apoio é que já está a beneficiar e de que forma é que pode ser ajudada. “Pretendemos fazer um trabalho integral na família”, explicou a responsável, acrescentando que também já estão a apoiar os alunos a nível alimentar.
“Temos a percepção de que há cada vez mais crianças que não levam lanche e que a única refeição que têm é na própria escola”, explicou, acrescentando que o estabelecimento de ensino tomou a iniciativa de guardar todo o pão que sobra do almoço para dar ao lanche e os associados da AIRO estão a fornecer manteiga e doce.
A associação industrial arrancar com outro projecto no Centro Escolar de Santo Onofre ao nível da responsabilidade social e que passa pela recuperação e manutenção dos espaços verdes. O objectivo é depois alargá-lo a outros espaços públicos da cidade.

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