Falta de assistente operacional na USF Tornada gera queixas de pessoal médico

Recentemente chegaram à Gazeta das Caldas queixas de pessoal médico da USF Tornada (que preferiram não se identificar), relativamente à falta de assistentes operacionais naquela unidade de saúde familiar. Os profissionais reclamam que têm de limpar e desinfectar a sala de tratamento e dão conta de um aumento das feridas por pseudomonas (um tipo de bactéria).
Questionada pelo nosso jornal, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) negou que a desinfecção seja feita por profissionais de saúde. “A desinfecção de uma unidade de saúde é algo de muito específico e, para isso, existe um contrato de prestação de serviços com uma empresa da área que assegura a devida higienização das instalações”, refere o órgão, em resposta por escrito, acrescentando, por outro lado, que “o número de horas afectas a essa prestação de serviços foi recentemente reforçado”.
A ARSLVT faz ainda notar que as USF não prevêem na constituição das suas equipas a existência de assistentes operacionais e que, assim sendo, “os assistentes operacionais são disponibilizadas pelos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) com tarefas a realizar dentro de um determinado horário, de acordo com as capacidades existentes ao nível do ACES”.
A unidade de Tornada conta com “a colaboração de uma funcionária oriunda do Centro de Emprego e Inserção (CEI) por um determinado período de tempo, ao que se juntam os serviços prestados pela empresa contratada para proceder à higienização das instalações”, informou aquele organismo do Estado.
Ainda assim, admite que “os constrangimentos ao nível dos recursos humanos têm vindo a ser reconhecidos publicamente por vários dirigentes da Saúde”.
Gazeta das Caldas quis saber para quando é expectável que o problema se resolva e a ARS respondeu que “os assistentes operacionais constituem um grupo profissional previsto na descentralização de competências para as autarquias, processo que está em curso”.