
O líder da comunidade francesa no Oeste faleceu no passado domingo. Tinha 72 anos e assinou, durante anos, uma relevante presença na região
Jean Pierre Hougas faleceu no domingo, 31 de outubro, vítima de doença prolongada. O gaulês foi, durante vários anos, o representante da Union des Français de l´Étranger (UFE) na região, tendo sido delegado para a região Oeste desta organização que presta apoio aos francófonos que vêm viver para terras lusas.
Durante vários anos era presença constante nos eventos que se realizaram por toda a região e que se relacionavam com a Francofonia, organizando iniciativas públicas em que procurava reunir os compatriotas, mas também outros cidadãos belgas e suíços.
Jean Pierre Hougas era um defensor da comunidade francófona que escolheu viver nesta região. Chegou a afirmar à Gazeta das Caldas que a UFE era uma das maiores associações em Portugal, pois a dada altura já somava três mil membros em todo o território nacional.
Segundo revela o amigo António Marques, desde o ano 2000 que Jean Pierre Hougas, sempre que tinha dois ou três dias disponíveis, apanhava o avião e vinha a Lisboa “aproveitar o sol”. Mas foi por amor a uma caldense, natural das Relvas (Santa Catarina) que “este francês se fixou na freguesoa de Santo Onofre”, nota o diretor da Expoeste.
António Marques conheceu Jean Pierre Hougas quando viveu em Paris e salienta que o gaulês, enquanto presidente da União dos Franceses no Estrangeiro da Zona Oeste, ajudava a receber os franceses em Portugal.
Quando era entrevistado para órgãos de comunicação social, Jean Pierre Hougas defendia o Oeste e destacava as praias do Oeste que vão da Ericeira à Figueira do Foz, o golfe, os centros históricos de Óbidos a Alcobaça, e o esqui da serra da Estrela no inverno.
“Só as Caldas da Rainha têm mais de dez museus. E tudo está perto, a menos de uma hora de carro”, chegou a salientar.
O dirigente era responsável pela organização de atividades para a comunidade francófona nesta região onde chegaram a participar1.800 pessoas. Organizava eventos ligadas ao bowling, ao golfe e até encontros literários. “Perdemos uma personalidade muito respeitada”, afirmou António Marques num texto em homenagem ao amigo francês de longa data. ■






























