A barraca junto à ESAD alegadamente utilizada por prostitutas
Os estudantes que se deslocam a pé para a ESAD e para o Colégio Rainha D. Leonor precisam de percorrer caminhos sem passeios e sem condições. A situação agrava-se no Inverno por causa da chuva e porque fica escuro mais cedo. “Este é dos acessos mais perigosos que existe em qualquer escola do país”, considera Cátia Lapa, aluna do 2º ano do curso de Som e Imagem da ESAD. A aluna frequenta aquele estabelecimento de ensino em horário pós-laboral, o que a obriga a fazer o caminho de noite.
A rua Isidoro Inácio Alves de Carvalho não tem iluminação pública, nem passeios, nem sinalização ou passadeiras, e até o asfalto da estrada está degradado. “Já houve várias situações em que quase fui atropelada”, referiu Cátia Lapa. A aluna é de Vila Real e mora há dois anos nas Caldas, lamentando esta situação numa instituição pública. “Nunca sequer vi alguma vez aqui passar um carro da polícia”, disse.
Os alunos do colégio ou percorrem a estrada da Foz, ou atravessam um atalho entre a circular e as traseiras do Cencal.
Quem também não percebe como é possível uma escola ter acessos assim é Joel Menezes. Natural da Parede (Cascais), é aluno do 1º ano de Design Industrial e já ouviu falar de casos em que estudantes da ESAD foram assaltados ao coberto da noite.
Há também quem se queixe da presença de prostitutas junto à escola. Num terreno em frente existe uma barraca que, alegadamente, está a ser utilizada por profissionais do sexo que costumam estar junto ao cemitério e da Secla.
Alunos usam caminho de terra batida
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Já os alunos do Colégio Rainha D. Leonor que se deslocam para a escola de este para oeste têm duas alternativas: ou percorrem a estrada da Foz, ou atravessam um atalho entre a circular e as traseiras do Cencal.
Sem passeios e com uma estrada quase sempre cheia de buracos, o trajecto ao longo da estrada da Foz não é muito melhor do que o atalho em terra batida, mas é pelo menos mais seguro.
Mara Moreira tem 15 anos, frequenta o 9º ano do colégio Rainha D. Leonor, e diariamente usa esse atalho para ir para a
“Este é dos acessos mais perigosos que existe em qualquer escola do país”, considera Cátia Lapa
escola porque mora perto da rotunda da Fonte Luminosa, mas só durante o dia. Quando escurece prefere ir pelo caminho mais longo. “A distância é muito menor, mas quando está escuro é mais perigoso e se passar algum carro nem temos para onde ir”, salientou.
Tiago Teixeira, de 15 anos, é da Foz do Arelho e embora use os transportes escolares para ir para as aulas, vai por vezes almoçar fora da escola. E diz que os acessos ao colégio “são maus”.
Sofia Cravide, de 14 anos, é de Alfeizerão, mas também costuma ir ao centro das Caldas para almoçar quando tem mais tempo livre. Embora se desloquem ao longo da estrada da Foz, há uma parte do percurso que fazem através de um terreno, por ser mais perto, onde também há muita lama e poças quando chove.
Os alunos do colégio defendem que devia existir mais iluminação nestes percursos e passeios.