Estudantes da ESAD protestam pelo fim das propinas

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Estudantes caldenses colocaram faixas em forma de protesto

Associação de estudantes instou alunos a manifestarem-se no dia 28 de abril

A Associação de Estudantes da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha manifestou-se pelo fim das propinas no dia do estudante, que se assinalou no passado dia 24 de março.
A “realidade e atualidade” da vida dos estudantes e do ensino superior após cerca de um ano desde o início do surto epidémico da covid-19 acentuaram “as fragilidades e debilidades da situação económica e social do nosso país”, alerta a associação.
“São inegáveis as dificuldades que os estudantes hoje atravessam e enfrentam, e como tal é inegável que o momento atual exige resoluções aos problemas estruturais do ensino superior”, acrescentam os estudantes.
Numa posição conjunta com as associações de estudantes da ESTM (Peniche) e da ESTG (Leiria), ambas do IPL, mas também da FBAUP (Porto), da ESTA (Abrantes) e da FLUL, FCSH e AAUL, em Lisboa, os estudantes instam os seus pares a manifestarem-se no dia 28 de abril sob o mote “É hora de avançar, a propina tem que acabar”.
Os estudantes revelam, ainda, que tomaram esta posição “após vários pedidos de reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no sentido de transmitir a mesma tomada de posição, que até ao dia de hoje continua sem qualquer resposta”.
À Gazeta das Caldas, o vice-presidente da Associação de Estudantes da ESAD, Nuno Marques, contou que “as condições já eram precárias e pioraram com a pandemia”, lamentando que “o Governo invista mais em bancos do que no ensino superior”.
Nuno Marques revelou ainda que foi realizado na escola das Caldas um questionário a 180 estudantes que revelava que mais de metade dos estudantes já ponderaram desistir do ensino superior devido a dificuldades financeiras.
Por outro lado, muitos sentem que a qualidade do ensino através do online fica afetada e que, portanto, não justifica o pagamento das propinas.
Acresce que neste momento, e sendo estudantes de artes, os alunos tiveram que fazer um investimento maior em materiais e muitos transformaram as suas casas em estúdios de trabalho.
Outra questão importante é a inexistência de vagas nas residências estudantis na cidade termal, mas também a degradação das existentes. ■

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