Escolha da localização do Hospital do Oeste promete dividir OesteCIM

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Pedro Folgado está preparado para desacordo entre autarcas, mas acredita que a OesteCIM vai “sobreviver” ao processo

Conselho intermunicipal deve analisar hoje estudo e a localização do futuro hospital. Bombarral surge bem posicionado

O Conselho Intermunicipal da OesteCIM reúne hoje e, e em cima da mesa, há um assunto que promete acentuar a divisão entre os autarcas: a localização do futuro Hospital do Oeste.
O “Estudo de Localização, Perfil e Dimensionamento do Novo Hospital do Oeste”, da NOVA Information Management School, está praticamente concluído e vai ser analisado, em primeira mão, pelos 12 presidentes de Câmara.
Sem revelar o resultado do estudo, Pedro Folgado assume que a “localização não é pacífica, nem consensual”, mas desvaloriza o eventual desacordo entre os autarcas. “Concordámos em discordar, o que já não é mau. Estamos em condições de apresentar as duas fases do estudo e isto vai criar algum ruído entre nós [autarcas], mas vamos ter de aprender a viver com isso e penso que vamos conseguir sobreviver”, afirmou o presidente da OesteCIM, em Bruxelas, à margem da visita às instituições europeias.
Nos últimos meses, tem-se acentuado a convicção de que o hospital poderá ser construído no Bombarral, que tem um terreno pronto para o efeito, em detrimento das Caldas da Rainha, o que tem suscitado polémica e posições públicas de Vítor Marques. O presidente da Câmara das Caldas tem esgrimido argumentos, mas o posicionamento do Bombarral neste dossiê pode revelar-se decisivo.
Para o presidente da Câmara de Alenquer, a obra é obrigatória e é tempo de tomar decisões. “Estou cansado de ouvir do Estado que não nos entendemos quanto à localização do hospital e que, por isso, não há dinheiro. Para que não haja esta retórica, vamos indicar a localização e o Estado é que terá de decidir”, reforça Pedro Folgado, que garante que, havendo uma decisão, o financiamento terá de aparecer. Até porque saiu de Bruxelas com uma certeza: “A proposta vai ser apresentada e, a partir daí, vou pressionar o Estado para colocarem o dinheiro. Além disso, pelo que percebemos, pode haver ajustes no PRR, no que diz respeito a prazos, verbas e projetos, pelo que o projeto do hospital do Oeste pode voltar a estar em cima da mesa e dentro do PRR”.
O PSD/Oeste já propôs que fosse inscrita uma verba para a obra no Orçamento de Estado, mas o processo promete fazer correr muita tinta nos próximos meses. ■

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