Escolas de línguas das Caldas da Rainha adaptaram-se para manter a qualidade

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Devido à situação de pandemia, as escolas de línguas da cidade adaptaram-se à nova realidade. Os responsáveis falam dos impactos psicológicos, mas também económicos, que passam, por exemplo, por quebras na facturação e pelo adiamento de investimentos em curso

Ensinar à distância “foi tão só o maior desafio logístico e académico dos quase 35 anos do The English Centre”, admitiu à Gazeta das Caldas Carlos Ribeiro. “As opções passavam por encerrar por completo a escola ou encontrar uma forma de acompanhar os nossos alunos”, recorda aquele responsável.
O grande impacto desta situação “foi essencialmente psicológico”, faz notar, acrescentando que a escola procurou “continuar a leccionar recorrendo no mínimo ao lay-off”. No entanto, todos os investimentos programados para o presente ano, como a expansão da escola com a aquisição e renovação de novas salas de aulas, quer nas Caldas, quer na Benedita, “ficaram congelados até se perceber o desenvolvimento da actual situação”. O responsável contou ainda que 92% dos alunos aderiram à solução encontrada e divulgou que “após esta experiência colocada em prática sem qualquer planeamento prévio”, a escola de línguas vai continuar no futuro a oferecer aulas on-line. “A pandemia lançou o The English Centre na era do digital”, afirmou, realçando, ainda assim, que as aulas presenciais continuarão a ser a grande aposta.
Ricardo Vasconcellos, director do CCLS – Instituto Cultural de Línguas, também testemunhou que esta situação “teve um impacto significativo pelo menos durante um mês e meio” sem receitas pelas aulas e a ter “que continuar a cumprir as obrigações”. No entanto, o mais importante foi garantido: “encontrar uma solução para poder continuar a dar as aulas e encerrar o ano lectivo em Junho como estava planeado”.
No CCLS, as aulas terminam no final deste mês para 90% dos alunos. Em relação aos restantes 10% “não há perdas”. “Podemos recomeçar quando os alunos quiserem a partir de Julho”, frisa. A reabertura das aulas presenciais ocorreu a 1 de Junho para crianças do 3º e 4º anos e as regras adoptadas foram as mesmas que para uma sala de aulas do ensino secundário durante esta fase.
O CCLS prevê manter as aulas online até Setembro, já na preparação do novo ano lectivo. Até lá, explicou, poderá “ter aulas presenciais, mas vai depender da quantidade de alunos”. Em relação ao novo ano, não descartam “continuar com aulas on-line”, até porque “permitiu manter a qualidade e exigência de formação do CCLS”.
Essa é uma ideia que Vanessa Malaquias, do Lancaster College, também não descarta. “Neste momento estamos preparados para iniciar o próximo ano lectivo on-line. Se a situação o permitir, passaremos a uma modalidade b-learning e eventualmente retomaremos as aulas presenciais se a segurança estiver garantida”, explicou.
O Lancaster College já disponibilizava cursos online e e-learning, mas enfrentou “um desafio”. “Foi necessário que professores, alunos e encarregados de educação se adaptassem à situação do ensino online, mas o resultado foi positivo”, nota.
Nesta escola as actividades presenciais foram retomadas a 18 de Maio para pequenos grupos de adultos e jovens em preparação de exames internacionais e a 15 de Junho com cursos intensivos de Verão com limitação de alunos por sala. As regras são “simples”: que os alunos desinfectem as mãos antes e depois das aulas, que usem máscara, que passem os intervalos dentro da sala, onde as mesas estão separadas para permitir distanciamento. As salas são desinfectadas no fim de cada aula.

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