Escola de Hotelaria do Oeste quer contribuir para o desenvolvimento da região

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Ana Paula Pais, salientou o trabalho que tem sido feito na escola, apesar de alguns constrangimentos

A região Oeste quer afirmar-se cada vez mais como um destino turístico de referência e para que isso seja uma realidade precisa de profissionais qualificados na área. Há três anos foi dado um passo importante nesse sentido, com a criação da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO). Hoje, autarquias e entidade de turismo não hesitam em salientar o papel que os alunos da escola têm na meta traçada para a região. E são consonantes ao afirmar que o estabelecimento de ensino vai no bom caminho.
Em Outubro de 2007 começou a funcionar o Pólo de Óbidos da EHTO. Cerca de um ano depois era a vez do Pólo das Caldas. Muitos dos primeiros alunos estão já inseridos no mercado de trabalho, outros continuam a aumentar as suas competências, mas todos sabem da missão para que estão destinados. No passado dia 17 de Dezembro, alunos e professores estiveram reunidos nas comemorações do aniversário da escola e festa de Natal. E quem também não faltou à festa foram representantes das Câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos, do Turismo do Oeste e a presidente do Agrupamento de Escolas de Turismo de Coimbra, no qual a ETHO está integrada.
A ocasião serviu ainda para a entrega de certificados de conclusão de curso aos alunos que no ano lectivo 2008/2009 estudaram Pastelaria Avançada e aos alunos que entre 2008 e 2010 frequentaram o curso de Gestão de Turismo. E foi para eles que foi dirigida a maior parte das palavras dos oradores da sessão, que os motivaram a aperfeiçoarem-se cada vez mais e a nunca deixarem de aprender. De olhos postos no sucesso, os alunos devem procurar pautar-se por “valores absolutamente fundamentais”, como a auto-disciplina, a determinação, a eficácia, defendeu Daniel Pinto, director da EHTO.
Ciente de que a escola está “a responder às necessidades da regionais”, um desafio que diz ser “grande, porque a região Oeste é uma região emergente”, Daniel Pinto acredita que os profissionais formados pela EHTO vão dar cartas em todo o país. Mas à formação de técnicos capazes junta-se um outro desafio – a “necessidade de desenvolver produtos endógenos”, como a Pêra Rocha, a Maçã de Alcobaça, as trouxas de ovos ou as cavacas das Caldas. “É também isto que se espera desta escola”, defendeu.
Já Hugo Oliveira, vereador na Câmara das Caldas da Rainha, salientou que “não há turismo no Oeste sem termos massa humana para receber seja quem for” e acredita que na EHTO se estão a formar homens e mulheres capazes de serem a primeira imagem dada aos turistas quando eles chegam. “A competitividade é muito grande e como em tudo na vida, ou se é o melhor, ou se é ultrapassado”, disse.
Por isso pediu aos alunos que, “agora que lhes foi dada a cana, não deixem de pescar para atingirem os seus objectivos”.
Uma opinião partilhada por Miguel Silvestre, adjunto do presidente da Câmara de Óbidos. “Para a região é absolutamente vital ter cada vez mais profissionais competentes”, disse, acrescentando que hoje a importância do turismo para a região é já aceite por todos.

Uma região de “oportunidades”

O Oeste é hoje uma região “com uma oferta hoteleira em constante qualificação” e onde a restauração começa também a ter algum peso. “Oportunidades que os alunos devem aproveitar”, defendeu Luís Garcia, vice-presidente do Turismo do Oeste. “A ETHO é a escola de turismo que tantas vezes sonhámos”, defendeu o responsável, afirmando-se “certo na criação da marca Oeste”, dadas as “capacidades da região em que todos devemos acreditar”.
Para a presidente do Agrupamento de Escolas de Turismo de Coimbra, Ana Paula Pais, a mesa da sessão era o reflexo “da cooperação estratégica que é mantida desde o início com as duas autarquias e o apoio do Turismo do Oeste”, e que é um grande “motivo de orgulho” para os responsáveis da escola. Lembrando que a constituição da escola e os primeiros tempos de funcionamento foram tempos difíceis, Ana Paula Pais lembrou aos alunos que durante o seu percurso profissional terão que ter “capacidade para enfrentarem coisas difíceis”.
Em tempos de crise e contenção, investir na formação é cada vez mais difícil. Mas também Ana Paula Pais apelou aos alunos que não deixem de crescer e de quererem ser sempre melhores no que fazem. “Se não fizermos nada acabaremos por ficar cada vez mais desajustados do mundo que nos rodeia, que está em constante evolução”.
Quanto à escola, a responsável diz que “é notável o trabalho que a equipa tem feito” e congratulou-se por, “apesar de alguma falta de óleo nalgumas engrenagens em que ainda estamos a trabalhar, é bom ver aqui uma escola dinâmica”.
A sessão comemorativa marcou o arranque de um dia de festa, onde os alunos puderam dar a provar as suas iguarias e protagonizaram momentos de animação de rua. Uma peça de teatro pelos alunos do Centro de Educação Especial Rainha Dona Leonor, estabelecimento ao qual os alunos da EHTO doaram diversos bens alimentares, momentos de música, dança e muita animação, completaram o dia.

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Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

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