Escola de artes caldense lotou sete dos nove cursos. IPL tem menos 400 novos alunos colocados
A Direção-geral do Ensino Superior publicou os dados da primeira fase de colocações, que veio confirmar um cenário de grande redução da procura. A ESAD.CR manteve, mesmo assim, um elevado registo de colocações nesta primeira vaga, preenchendo por completo sete dos nove cursos e 91,5% das vagas.
A escola de artes caldense, que no ano passado tinha atingido os 100% de colocações na primeira fase, voltou a ser a escola do Politécnico de Leiria com taxa de colocações mais elevada nesta primeira fase. Lotou os cursos Design de Produto – Cerâmica e Vidro, Artes Plásticas, Design Industrial, Teatro, Som e Imagem, Design Gráfico e Multimédia e Design de Espaços. Ficaram apenas por preencher 18 das 30 vagas do curso de Design Gráfico e Multimédia em regime pós-laboral e 12 no de Programação e Produção Cultural. Apenas a Escola Superior de Saúde se aproxima, com uma taxa de 90%. No total, foram colocados na ESAD.CR 323 novos alunos de 352 vagas iniciais, foi ainda criada uma vaga adicional.
Em relação às notas mínimas de entrada, houve igualmente uma descida em relação ao ano passado. Design Gráfico e Multimédia tem a mais elevada da ESAD.CR e do IPL, 153,5 pontos, face aos 165,6 do ano passado, então em Artes Plásticas.
É na ESTM que se regista a maior queda nas colocações iniciais. A escola de turismo e tecnologias do mar ocupou apenas 22% das vagas na primeira fase, contra os 74,7% do ano passado. Foram preenchidas apenas 65 de um total de 296 vagas, ficando 231 por ocupar. O curso de Biotecnologia foi o único que preencheu mais de metade dos lugares disponíveis, 18 de um total de 30. Engenharia Alimentar não recebeu qualquer aluno.
No total, o Politécnico de Leiria preencheu 1411 vagas de 1993. São menos 429 novos alunos colocados nesta fase em relação ao ano passado, tendo ficado por preencher 29,3% dos lugares disponíveis.
Carlos Rabadão, presidente do IPL, olha, mesmo assim, com otimismo para os números. Num ano em que se registou uma diminuição muito significativa do número de candidatos à primeira fase, os resultados do IPL “são relevantes no computo geral, e demonstram que a nossa oferta formativa se mantém atrativa e diferenciadora”, disse. O presidente destaca que cerca de 70% das colocações foram primeira escolha.
A nível nacional, o Instituto Politécnico de Leiria encontra-se na 3.ª posição das instituições de ensino superior politécnico com mais estudantes colocados, estando na 11.ª posição incluindo as universidades. “Numa altura em que caminhamos de forma firme e decidida em direção à transformação em Universidade, este posicionamento nacional reflete o reconhecimento da qualidade do ensino”, acrescenta Carlos Rabadão.
Também na Escola Superior de Desporto de Rio Maior se sentiu um forte decréscimo na procura nesta primeira fase. No ano passado a escola ficou apenas com duas vagas por preencher na primeira fase, este ano preencheu 54,8%, 149 das 272 disponíveis. Apenas um dos cursos ficou lotado, Gestão das Organizações Desportivas.
A Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) acredita que a redução de estudantes colocados “está fortemente associada ao atual modelo de acesso e aos elevados custos de frequências no Ensino Superior”, disse em comunicado, alertando para a necessidade de reformular estas políticas de forma a atrair “gerações mais velhas e grupos economicamente desfavorecidos”.































