Entrudo leiloado no Coto …

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O Enterro do Entrudo, que se realiza há sete anos no Coto, teve este ano como mote a troika e as dificuldades do país

Manuel Troika, mais conhecido por Austeridade Total, foi leiloado para arranjar uma esmola para dar ao Presidente da República. Foi assim o final do Enterro do Entrudo, que juntou, na noite de 22 de Fevereiro, no Coto, perto de cem pessoas.
Antes, durante cerca de hora e meia, um cortejo fúnebre, protagonizado por uma viúva, um padre, um cardeal, um juiz, três discípulos e dezenas de acompanhantes, percorreu a Rua Principal da localidade. Durante a encenação os participantes parodiaram com situação do país e a política actual.
António Maria é o mentor desta iniciativa que se realiza há sete anos no Coto. Natural de Barrantes (Salir de Matos), lembra-se de ser jovem e vivenciar esta dramatização, que quis agora recriar, com êxito. É ele que prepara os textos com algumas semanas de antecedência, arranja os fatos e junta os amigos, para uma noite animada que marca o fim dos festejos carnavalescos. António Maria garante que a iniciativa é para continuar, pois “cada vez tem mais gente e está a ser um êxito”.
Também nas Caldas foi feito o Enterro do Entrudo, com um cortejo que teve início pelas 21h00 na Rua Maestro Carlos Silva (no Monte Olivett) e passou por algumas das principais artérias da cidade. O morto (que representa o Carnaval) foi queimado na Praça da Universidade, numa iniciativa dinamizada pela Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Sto. Onofre.

… e queimado na Nazaré

Na Nazaré, centenas de pessoas juntaram-se ao final da tarde de quinta-feira (22 de Fevereiro) para mais um concorrido Enterro do Santo Entrudo. Um cortejo na marginal marca o início de um cerimonial que põe um ponto final nos festejos carnavalescos, tão intensamente vividos pelos nazarenos desde 3 de Fevereiro.
Num palco montado na Praça Sousa Oliveira o boneco que representa o Carnaval deste ano foi julgado, acabando por ser queimado em pleno areal já ao cair da noite. O Enterro do Santo Entrudo é organizado pela Comissão Organizadora do Carnaval “Os Rolhas”, pela autarquia nazarena e pelo grupo carnavalesco “Os Independentes”, que habitualmente assina os textos e a encenação do cerimonial.
“É uma brincadeira para fechar o Carnaval com alegria”, disse Carlos Maranhão, do grupo “Os Independentes”. Os nazarenos dão, assim, por terminados os exageros e a irreverência que marcam os festejos carnavalescos. Seguem-se as celebrações da Quaresma e da Semana Santa, também muito arreigados nas gentes da vila piscatória.

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J.F.

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