Empresários do AL preocupados com futuro

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O setor do Alojamento Local está em luta desde a publicação das medidas do Mais Habitação

Empresários juntam-se hoje ao protesto nacional em Lisboa contra as medidas do programa Mais Habitação

Um grupo de empresários do alojamento local (AL) do Oeste mobilizou-se para participar na concentração que decorre hoje em Lisboa, e em simultâneo no Porto e Faro, de protesto contra as medidas do Governo para o setor no programa Mais Habitação. Os empresários estão preocupados com os impactos das medidas na economia local.
O Grupo AL Oeste, liderado pelos empresários de alojamento local Paulo Matos, Sofia Cardoso, Suzi Oliveira e Carlos Cruz Ferreira, temem “o encerramento imediato de grande parte dos estabelecimentos de AL”, mas também que os efeitos colaterais alastrem a outros setores com atividades relacionadas, “tais como lavandarias, limpezas, transportes (rent-a-car, tvde, táxis, transferes), animação turística, restaurantes, bares e pequeno comércio local”, sustentam.
Estes empresários são, na sua maioria, particulares ou microempreendedores “preocupados com medidas que podem ditar o arrastamento de muitas famílias para o desemprego, cuja única fonte de rendimento será comprometida”.
Entre as medidas do programa Mais Habitação anunciado pelo governo, o Grupo AL Oeste critica a Contribuição Especial sobre os estabelecimentos de AL, que considera dupla tributação sobre o setor, e aponta que terá “um impacto ruinoso, estimando-se cerca de 3.000€ para um apartamento de 50m2 e cerca 18.000€ para um Hostel com 300m2”. Os empresários afirmam que esta medida “dita desde logo o fecho da maioria dos AL face ao valor exigido poder ser superior ao próprio lucro”. Dar poder aos condomínios para encerrar os AL existentes sem qualquer motivo concreto e sem qualquer mediação camarária é outra medida que pode ter “um potencial arrasador”, acrescentam.
O Grupo AL realça que, no Oeste, “existem cerca de 6.678 AL que correspondem a 62% da oferta de camas e que se estima gerarem 68 milhões de euros em receitas provenientes das dormidas”, aponta o Grupo AL Oeste, acrescentando que este valor corresponde “a apenas 25% de um total de receitas estimado de 272M€ em contributos diretos para a economia local através do turismo da região”.
Estes empresários têm diligenciado, nas últimas semanas, contactos com o poder local, instituições de ensino e formação e outros empresários de atividades relacionadas com o turismo, partilhando as suas preocupações e está a apelar que outros empresários do setor se juntem ao grupo. ■

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