A empresa caldense Localstar, S.A. adquiriu no início deste ano a Rádio Litoral Oeste (RLO). A emissora está num processo de reestruturação que envolve tanto os meios tecnológicos como a estratégia da própria estação, que estará a trabalhar em pleno por altura do aniversário da RLO, a 21 de Março.
A empresa Localstar Investimentos Imobiliários S.A. estava interessada em entrar no negócio da comunicação social e adquiriu a totalidade das quotas da ERO – Empresa de Radiodifusão do Oeste, Lda., empresa que detém a licença da estação e que era propriedade de José Manuel Paz e Armindo Simões. A ERO tem agora como novo gerente José Augusto Tavares.
Rui Tavares, o novo director-geral da rádio, não revelou o montante do investimento realizado nesta operação. Além da aquisição da empresa, a nova gerência fez um forte investimento na renovação dos meios tecnológicos. Esta remodelação envolveu a aquisição de um computador que suporta um novo programa informático responsável pela programação e pela emissão, que é de topo de gama. O próprio emissor foi substituído para melhorar as condições de transmissão do sinal. “Só a torre é a mesma”, disse Rui Tavares em declarações à Gazeta das Caldas.
A RLO vai inclusivamente mudar de estúdios durante esta semana. Dos velhinhos estúdios junto ao cemitério velho de Óbidos, vai passar para o Parque Tecnológico de Óbidos.
A renovação da estação passa também por uma nova imagem e por um novo conceito em termos editoriais.
“É uma mudança completa”, salienta João Carlos Costa, um dos principais parceiros de Rui Tavares neste projecto. “Mais do que as pessoas ouvirem a rádio, queremos que se ouçam na rádio, que sintam que é sua e interajam bastante connosco”, explica. Esta nova filosofia vai colocar a rádio muitas vezes na rua, onde decorrem os eventos, e pôr os ouvintes em contacto directo com os artistas que gostam de ouvir. João Carlos Costa, que é também deputado pelo PSD na Assembleia Municipal de Óbidos, diz que, por vezes, a vontade das rádios locais é chegar longe, mas, “mais do que isso, queremos estar perto das pessoas”.
PROGRAMAS PARA OS EMIGRANTES
A emigração também será um público-alvo da estação. Além de pretender ter colaboradores nas comunidades portuguesas mais significativas, a RLO vai ter programas especialmente dirigidos a estas comunidades. Nesse âmbito, a emissão online terá um papel importante a representar.
Em relação à música, a RLO quer ficar conhecida como a rádio dos grandes êxitos nos diversos géneros musicais e das diferentes épocas.
A equipa de animadores também é nova. Rui Tavares faz questão de explicar que a Localstar adquiriu a ERO sem colaboradores. “Tivemos uma reunião no dia 2 de Janeiro em que explicámos a todos que se quisessem podiam aguardar o processo de transformação que ia ser iniciado, ou seguir o seu caminho”, explica. Alguns dos antigos trabalhadores já estão a colaborar com outras emissoras por iniciativa própria, acrescenta. Da nova equipa não faz parte nenhum dos antigos animadores. Rui Tavares escolheu alguns nomes sonantes da rádio na região, entre eles João Carlos Costa, Pedro Miguel Silva e Vítor Morgado. Outros poderão juntar-se entretanto.
Na transição de administrações a emissão começou por ser apenas com música. Nesta altura a RLO já emite programação própria e pretende ter, até 21 de Março, altura do aniversário da rádio, 24 horas de conteúdos da sua responsabilidade.
A estação pretende igualmente apostar na informação, com blocos de notícias locais transmitidos de duas em duas horas.































