Os novos eleitos das autarquias das Caldas da Rainha tomaram posse esta tarde, num ato que teve lugar perante um Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho repleto, que marcou o início de um novo mandato de quatro anos e a despedida de Lalanda Ribeiro da política ativa após 49 anos de serviço público.
O presidente cessante da Assembleia Municipal abriu a cerimónia e destacou duas datas importantes que se vão seguir. “No próximo ano serão celebrados os 50 anos das primeiras eleições autárquicas e no ano a seguir será o centenário da elevação de Caldas da cidade”, salientou, sugerindo a realização de um congresso para ouvir caldenses sobre o futuro do concelho.
Vítor Marques, presidente da Câmara reeleito pelo Vamos Mudar (VM), enfatizou a necessidade de convergência e diálogo para o novo mandato, dado que “os caldenses não conferiram a nenhuma força eleita uma maioria que permitisse governar apenas com uma força política”. Sobre o Hospital do Oeste, afirmou estar “pronto para defender os interesses da população caldense, por todos os meios ao meu alcance”, incluindo o aporte de “novos pareceres técnicos especializados”. Defendeu ainda a urgência na execução do plano para o termalismo: “desperdiçar os fundos comunitários já assegurados significa perdermos uma oportunidade única”.
Hugo Oliveira, da AD Somos Caldas (PSD-CDS PP), garantiu disponibilidade para uma colaboração construtiva na oposição. “Podem contar com a colaboração do PSD em prol das Caldas da Rainha, quer nas matérias do concelho como fora de portas”. O autarca comprometeu-se a apresentar “a suspensão da taxa de saneamento para quem não usufrui do serviço” como uma das primeiras medidas. Afirmou ainda que há temas suprapartidários que devem unir todas as forças políticas, nomeadamente o termalismo e o novo hospital, mas salientou que “há linhas vermelhas que não vamos passar” no que concerne ao exercício do executivo VM.
Pelo Chega, que garantiu acesso pela primeira vez aos órgãos autárquicos nas Caldas, Miguel Matos Chaves, defendeu uma linha de exigência e transparência. “Rejeitaremos amiguismos, atitudes de compadrio, qualquer tentativa de nepotismo, qualquer ação que represente o desperdício dos dinheiros dos contribuintes”. Sublinhou ainda que o partido “não está aqui para fazer oposição pela oposição”, mas para contribuir para que “seja cada vez mais agradável viver neste concelho”.
Sofia Cardoso, do CDS-PP, celebrou o regresso do partido à Assembleia Municipal após quatro anos de ausência e deixou cinco sugestões, entre as quais “um Compromisso de Desenvolvimento Sustentável assumido pelas principais forças políticas” e “incentivos à fixação de pessoas, sejam fiscais, sejam habitacionais”. Destacou ainda a importância de “manter a Tekever nas Caldas, por tudo o que representa para o futuro do concelho”.
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