As dragagens na Lagoa de Óbidos irão começar em Setembro, não podendo a intervenção acontecer antes de acordo com a Declaração de Impacto Ambiental (DIA).
A informação foi dada, no passado dia 14 de Julho, pelo ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, quando questionado pelo deputado caldense, Hugo Oliveira, no âmbito de uma audição regimental da Comissão do Ambiente.
O concurso para a dragagem da zona superior da Lagoa foi lançado em Fevereiro do ano passado pelo ministro do Ambiente e a previsão era de que a obra avançasse durante o mês de Fevereiro. Orçada em 16 milhões de euros, a segunda fase das dragagens na lagoa prevê a retirada de 875 mil metros cúbicos de areia das bacias no delta do Rio Real, do braço da Barrosa e dos canais de ligação do corpo da lagoa aos braços da Barrosa e do Bom Sucesso.
Os sedimentos a dragar serão lançados directamente no mar, para sul do promontório do Gronho.
A obra inclui ainda a valorização de uma área de 78 hectares a montante do Rio Real.
Esta empreitada sucede à primeira fase das dragagens na Lagoa, realizada em 2015, onde foram retirados 716 mil metros cúbicos de areia do corpo inferior daquele ecossistema para combater o assoreamento que periodicamente fecha o canal de ligação ao mar, pondo em causa a subsistência da fauna naquele ecossistema.

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