Dóris Santos continua ligada à Nazaré, ao Bombarral e às Caldas

0
354
Especialista em património deu novo impulso à carreira

Historiadora continua ligada a várias entidades oestinas do património e da cultura. Também ensina na ESAD.CR.

Foi com emoção que Dóris Santos recebeu logo no início de funções, no seu museu, um grupo de alunos da Universidade Sénior da Nazaré, trajados a rigor. A diretora é natural do Bombarral, onde vive atualmente e também faz parte da Associação de Defesa do Património do Concelho do Bombarral que, na retoma pós-Covid, leva a cabo uma programação intensa de conferências, jornadas, tertúlias, visitas guiadas e pareceres técnicos. É, também, professora convidada da ESAD.CR, onde leciona Museologia e Património ao curso de Programação e Produção Cultural, mantendo, assim, forte ligação à região.
“Tento mostrar aos estudantes o que é hoje um museu, muito mais comprometido com a realidade contemporânea e com a sustentabilidade”, disse Dóris Santos, que dá a conhecer aos alunos iniciativas práticas que acontecem nos museus e contraria a ideia de que “só guardam coleções”.
Mantém também ligações com o Museu Malhoa, onde trabalhou vários anos e faz parte faz parte da Direção do Património Histórico. E considera que o reconhecimento da UNESCO das Caldas como cidade das Artes é o certificado de um trabalho iniciado por grupos de personalidades já na década de 1920, tal como estudou no seu mestrado. Também integrou o Conselho Estratégico da Rede Cultura 20-27 e desta última diz que “ficaram sementes pois estreitaram-se relações entre profissionais das localidades”.
“Às vezes chego a ir e a vir de Lisboa duas vezes por dia”, disse a diretora, que reconhece que se mantém e quer continuar ligada a projetos no Oeste.
Entre as colaborações com museus lisboetas conta-se um projeto com o Museu Bordalo Pinheiro, pois o multifacetado artista, além de se vestir de forma peculiar “tem uma série de caricaturas mordazes onde critica a moda da época”. Segundo Dóris Santos, posteriormente este projeto poderá, mais tarde, envolver as entidades caldenses. Enquanto coordenadora do Museu da Nazaré, fez parte de vários projetos como o Museu na Aldeia, que ligavam vários municípios. E vai tentando corresponder às solicitações de entidades nazarenas que surgem no âmbito do seu livro, que resultou do seu doutoramento e que foca a realidade antológica e artística da localidade. Já fez duas apresentações na Nazaré, uma em Peniche, em Lisboa e em Ílhavo. Ainda em janeiro, vai participar na iniciativa relacionada com o livro sobre o culto de Nossa Senhora da Nazaré, promovida pela autarquia, e que é liderada por Pedro Penteado.

- publicidade -