“Domar o fogo” atraiu gente de várias idades ao Centro de Artes

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A novidade desta edição foi o vidro soprado

Artes do fogo voltaram a dar vida ao “Domar” que atrai gente de todas as idades ao espaço dos museus municipais

Pelo terceiro ano consecutivo, o “Domar o Fogo” provou que é uma aposta ganha.
A iniciativa começou a 28 de março e estendeu-se até sábado com atividades até à noite. Contou ainda com bom tempo e não faltaram famílias inteiras, acompanhadas por crianças e alguns até trouxeram os seus animais de estimação e que vieram conhecer melhor o que se pode fazer acontecer com as artes do fogo.

Pedro Ribeiro, presidente da Centra, que é o Grupo de Amigos do Centro de Artes, estava muito satisfeito pois “o evento está na dose certa”!. Refere-se ao número de participantes das três vertentes das artes do fogo e da presença em estreia do vidro soprado.

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Pela primeira vez esteve neste evento o artista e investigador norte-americano Robert Wiley que fez uma demonstração de vidro soprado, recorrendo a um método ancestral de fabricação de peças que surge no Séc. I a.C. e que se mantém inalterado até hoje.

Já quanto aos participantes não podia estar mais feliz pois qualquer pessoa “agendada” para participar, neste caso, para a música ao vivo “acaba por nos avisar que virá acompanhado por mais um familiar. Foi o que aconteceu com o acordeonista Victor Pastor.
A gastronomia tem um peso considerável nesta realização. “Voltámos a ter um momento em que um amigo nosso que desmanchou uma cabeça de porco e, mais uma vez, veio acompanhado pelo seu pai”, referiu Pedro Ribeiro, salientando a importância da partilha e do convívio que o “Domar o Fogo” proporciona. Do forno tradicional que há no espaço exterior, saíram várias iguarias das mãos do Paulo Santos (Forno do Beco), assim como propostas diferenciadas dos repetentes Ruben Ferreira e Archil Shinjikashvili (Geo Wine & Supra) que ainda se associaram à pizzaria Razzle Dazzle. Em estreia esteve o Restaurante Maratona. José Vale gostou de participar nesta iniciativa que junta várias artes e “trouxémos salgados e doces, em parceria com o Atelier do Doce”.

José Antunes, do Centro de Artes, também fez um balanço positivo desta segunda edição que contou com mais participantes que trazem as famílias “e que ficam durante mais tempo”.

Carlos Norte, do Lombo do Ferreiro também estava satisfeito com o evento, que este ano contou com forjadores que fazem peças para eventos medievais. Vieram de Santarém e de Leiria e demonstraram técnicas de forjar acessórios e candelabros, usando ainda o carvão. “Estou a gostar de ver as Caldas como um centro nevrálgico das artes manuais”, referiu o cutileiro que acha que o “Domar” tem tudo o que é preciso para continuar. Paulo Tuna, da Centra, também salientou que estavam a ser preparadas iniciativas-surpresa que “arderam” no encerrar do último dia.

Este ano, o ceramista Vítor Reis construiu um forno de papel que posteriormente foi consumido em chamas enquanto que o oleiro Miguel Neto que demonstrou a técnica de Raku, produzindo peças únicas feitas in loco.

Para a ceramista Sílvia Jacomé, o evento “é muito feliz pois atrai um mar de gente”. Já a vereadora da Cultura, Conceição Henriques gostaria que o evento tivesse continuidade, que fosse mais aprofundado dado que é muito acarinhado por todos”.

A 28 de março, decorreu a inauguração da exposição Cerâmica XL, do grupo ‘Convergências’, no Espaço Concas. Da mostra fazem parte 10 peças escultóricas em cerâmica de grande dimensão, feitas por igual número de artistas que utilizaram técnicas tradicionais para a produção contemporânea. As peças, feitas em residência artística em 2024 na Casa das Talhas” na Asseisseira (Tomar), está patente até 12 de maio e inclui peças de Carlos Ribeiro, Diogo Rosa, Elsa Gonçalvez, Fernando Sarmento, Izilda Gallo, Maya Fernandes Kempe, Sandra Borges, Stefania Barale, Virgínia Fróis e Heitor Figueiredo.

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