Há doentes com Hepatite C que estão a ser assistidos no hospital das Caldas e que aguardam tratamento há cerca de três meses enquanto que noutros hospitais o máximo tempo de espera é um mês. Por isso estão revoltados com esta situação e não compreendem o porquê da demora e a falta de justificação das autoridades.
Há doentes com Hepatite C que estão a ser assistidos no hospital das Caldas e que se encontram a aguardar mais tempo do que é habitual pelo medicamento que os pode curar desta doença.
É o caso de Maria, de cerca de 50 anos, que tem o seu tratamento contra esta doença validado (e autorizado pelo Infarmed) desde o início de Agosto e até à passada terça-feira, 26 de Outubro ainda não tinha o tratamento disponível.
A paciente diz que está indignada e revoltada com esta situação, sobretudo porque “não há quem me justifique porque é que eu ainda não fui tratada!”.
A doente vive nas Caldas e insurge-se contra o CHO, tendo já escrito a queixar-se para várias entidades, sem que tenha tido respostas concretas para o atraso no tratamento.
Maria considera que “tem o azar” de estar a ser assistida nas Caldas pois crê que se estivesse a ser assistida noutro hospital do país “já tinha feito o tratamento. Não me tratam aqui porquê?”, questiona-se.
“Com a saúde não se brinca. O SNS é para todos e não há doentes de primeira e de segunda”, disse, acrescentando que também “não deveriam haver hospitais diferenciados”.
Apesar de Gazeta das Caldas ter enviado um conjunto de questões, o CHO optou por enviar comunicados com respostas gerais sobre esta questão. Afirmam portanto que, ao abrigo do programa de financiamento centralizado da Hepatite C, há neste momento 44 pessoas com essa doença registadas no CHO. Destes, apenas quatro começaram os tratamentos (e um até já finalizou).
O CHO diz ainda que na passada semana foram autorizados os tratamentos a mais quatro doentes e que estão também em fase final de validação e aprovação os processos de tratamento de mais sete, que deverão iniciar o tratamento a breve prazo.
Os processos referentes aos restantes 29 doentes “estão ainda em validação nas diversas fases administrativas anteriores à aprovação pelo Conselho de Administração, a que estes processos obrigam”, diz o CHO.
Os doentes são inicialmente registados pelo médico prescritor numa plataforma, coordenada pelo Infarmed, sendo “posteriormente efectuados vários procedimentos de avaliação, validação clínica e orçamental, por várias entidades, que termina com a encomenda do medicamento e início do tratamento pelo doente. Estes procedimentos têm prazos de validação diversos, que têm obrigatoriamente de ser seguidos”, explica o CHO.
Mas além dos doentes que continuam à espera do respectivo tratamento, o PS caldense voltou à carga uma semana depois do primeiro comunicado, reiterando o que havia denunciado na semana passada: a existência de doentes infectados com a Hepatite C que esperam pelo tratamento que pode salvar as suas vidas. “E esperam muito mais do que outros doentes nas mesmas circunstâncias noutros pontos do país”, dizem os socialistas.
Segundo a concelhia socialista, o tempo médio de espera no país “situa-se no prazo máximo de 30 dias”.
Baratas morderam paciente nas Urgências
No passado dia 14 de Outubro, um homem que deu entrada nas urgências do hospital das Caldas afirmou que, durante a noite, foi mordido por baratas na cabeça e nas costas.
A notícia é do Correio da Manhã e foi confirmada pelo CHO, que, contactado pela Gazeta das Caldas, diz lamentar o sucedido, tendo endereçado um pedido de desculpa ao utente pelo transtorno causado. No entanto, diz que o incidente “não colocou em causa a prestação dos cuidados de saúde adequados”.
Por causa desta situação, o CHO mandou efectuar uma desinfestação reforçada no dia imediatamente a seguir a insólita situação.
O CHO esclareceu ainda que os seus serviços de limpeza são assegurados por entidade externa e que pediu às empresas prestadores de serviço nesta área “um cuidado redobrado na detecção e solução deste tipo de situações”.






























