A sala do Páteo do Baco foi pequena para todos os que queriam ver filme sobre a Palestina. Há novo evento em novembro, no CCC
“Where Olive Trees Weep”, assim se designa o documentário que foi exibido no domingo, 20 de outubro, no Páteo do Baco, numa iniciativa promovida pelo grupo Palestina Livre Caldas.
O espaço encheu-se de gente, de várias idades, alguns envergando com orgulho os lenços axadrezados da Palestina, símbolo da resistência. As entradas foram livres, limitadas ao espaço e, quem quis, deu um donativo.
O documentário, dos realizadores Zaya Bennazzo e Maurizio Benazzo, foi lançado em 2024 aborda a resiliência do povo palestiniano que se encontra sob a ocupação de Israel. O filme explora os temas da perda, do trauma e da busca por justiça. Segue, entre outros, a jornalista palestiniana e terapeuta Ashira Darwish, o ativista Ahed Tamimi, e a jornalista israelita Amira Hass. E conta-se também com o testemunho do médico húngaro-canadiano, Gabor Mat, que coordena o tratamento do trauma de um grupo de mulheres torturadas em prisões israelitas. E há feridas profundas causadas pelas expropriações, expulsões, encarceramentos, demolições de casas, privação de água, e negação de direitos humanos básicos. “Where Olive Trees Weep” já soma cinco prémios em festivais internacionais.
Marta Moura, uma das responsáveis do grupo caldense, referiu que esta é mais uma iniciativa que visa mobilizar mais gente em volta da ideia da libertação da Palestina. “Achamos que é importante estar juntos e saber que há mais gente a lutar por esta causa”, disse a organizadora. O grupo Palestina Livre Caldas já conta com 32 membros no WhatsApp e junta os coletivos “Palestina em Português” e “Caldas Regenera”. “Reunimos todas as quartas-feira, aqui no Páteo do Baco, e estamos abertos a mais contributos, novos elementos e ideias para continuar a lutar pela causa”.
O Palestina Livre Caldas já está a preparar uma nova iniciativa, para 13 de novembro, no CCC que inclui a exibição de mais um filme e um jantar palestino, que será preparado por um chefe que tem um restaurante em Lisboa. Entre os eventos já realizados pelo grupo conta-se a exibição de filmes – produzidos por realizadores palestinianos – e uma ida à Assembleia Municipal das Caldas para questionar a autarquia sobre as suas ações referentes à Palestina.
O grupo está contra o genocídio perpetrado por Israel ao povo palestiniano e pede ao Governo português, “ações concretas e efetivas para que isto pare”, rematou. ■































