
Duas chefs da região participam num livro de receitas adaptadas às regras da alimentação paleo. “Doce tradição” está à venda por todo o país
Paula Ruivo e Carina Magalhães adaptaram receitas antigas das nossas avós, assim como dos conventos e mosteiros às regras da alimentação paleo. O resultado foi o livro “Doce Tradição” que, ao longo de 176 páginas, dá a conhecer como tornar mais saudáveis as receitas das principais sobremesas que vão às mesas dos portugueses.
O desafio foi proposto por Francisco Silva, impulsionador do modelo Paleo XXI e criador do grupo de Facebook Paleo Descomplicado, à alcobacense Paula Ruivo, autora do blogue Caramelo’s Kitchen, que é vice-presidente da associação Paleo. Foi igualmente convidada a beneditense Carina Magalhães, empresária, que gere a marca própria Kimera de Sabores, que se dedica à produção de produtos paleo. A chefe faz entregas pessoalmente às quartas-feiras do que produz – sobretudo cookies, snacks e salgados – nas cidades de Caldas da Rainha, Alcobaça, Leiria e Lisboa.
Ambas trabalharam em conjunto pesquisando e confeccionando juntas as propostas necessárias para compilar este livro. E referiram à Gazeta que este foi “um casamento engraçado” pois cozinharam e provaram “tudo e o resultado foi fantástico!” Paula Ruivo contou que está orgulhosa do resultado final, pois acabou por dar origem “a uma bíblia bem docinha!”
Entre as 66 receitas de doces tradicionais, divididos em vários capítulos podem ser encontradas iguarias da região como Ésses de Peniche ou Broinhas do Mosteiro de Alcobaça Há diferentes propostas de doces tradicionais, de colher e até alguns semi-frios, juntando assim alguma contemporaneidade à tradição.
Muitas das receitas foram feitas sem farinhas com glúten, com menos e melhores açúcares, mas segundo garantem as autoras, mantendo-se apetecíveis, saborosas e mais nutritivas. “Escolhemos os doces e sobremesas que costumamos consumir durante todo o ano mas também incluímos outros, próprios das festividades”, disse Paula Ruivo, explicando que não há farinhas refinadas, aditivos, corantes ou conservantes.
“Fomos ainda mais longe e também não adicionámos frutos secos, nem leite, nem laticínios, sobretudo por causa das pessoas que sofrem de vários tipos de alergias e de intolerâncias”, disse a professora e técnica de recursos humanos, mas que tem uma grande paixão pela cozinha, sobretudo pela alimentação paleo. Paula Ruivo é uma das responsáveis pela Associação Paleo que, além de livros, também edita uma revista de receitas e que já vai no sexto exemplar. O primeiro livro já vai na sua quinta edição (entradas, pratos de carne e de peixe). “Doce Tradição” é a segunda obra desta associação que reúne a maior comunidade Paleo em Portugal. ■






























