Obra começou porque a humidade fez levantar o piso, mas já se estendeu a tetos e paredes e, brevemente, será necessário reparar o telhado do salão
A humidade fez levantar, recentemente, o ladrilho do chão do edifício da Casa do Povo de Alfeizerão, obrigado a uma intervenção que está a ser feita com recurso ao trabalho voluntário.
“Começámos a tentar reparar, mas está todo em mau estado, por isso vamos colocar um piso novo e pintámos as paredes e os tetos”, contou o atual presidente da direção, António Rocha, que tomou posse em dezembro do último ano para um mandato que se estende até 2024.
O mobiliário que existia vai ser substituído, assim como a iluminação, com a colocação de tecnologia LED.

As obras têm sido feitas pelos próprios elementos da direção, em regime de voluntariado e carolice. Nas últimas semanas têm sido eles a retirar o chão que existia no edifício, a pintar as paredes e os tetos e a inspecionar as telhas e os algerozes do salão.
Este é um momento complicado para a associação, cujas fontes de receita passam pelos eventos temáticos (que não se realizam desde o primeiro confinamento) e pela faturação do bar, que, antes da pandemia, funcionava todos os dias e que é um ponto de encontro para a conversa, para ver os jogos de futebol ou para uma cartada.
“Neste momento não temos qualquer capital a entrar, porque o bar está fechado”, fez notar o presidente da associação em conversa com a Gazeta das Caldas.
O plano passa por cativar mais pessoas para serem sócias da Casa do Povo, porque as quotas, que custam 1 euro por mês aos associados, podem ser importantes nas finanças da instituição. É que estas obras na sede da associação têm um custo estimado de cerca de 20 mil euros. E depois há, ainda, a resolver a questão do telhado do salão, onde, com a última tempestade, começou a chover.
Nesse salão realizam-se as aulas de educação física dos alunos da escola básica, que se localiza em frente. “Queremos encontrar mais atividades, tanto para crianças, como para adultos e para os menos jovens, esta é uma casa muito grande e temos que lhe dar vida”, afirmou António Rocha.
Mais de cem anos de história
A Casa do Povo de Alfeizerão foi fundada em 1 de julho de 1914 então com o nome Grémio Recreativo de Alfeizerão. Após os primeiros anos com atividades recreativas e culturais, a falta de instalações próprias levaria a uma crise de atividades e à quase extinção do grémio no início da década de 30 do século passado.
Nessa altura um grupo de cerca de vinte sócios queriam dar um novo fôlego ao Grémio. Em 1933 é publicado o Decreto-Lei que institui as Casas do Povo e o grupo de associados cria a Comissão Organizadora da Casa do Povo de Alfeizerão, que viria a ser instituída em 1934. ■






























