Dia Sem Carros com pouca adesão nas Caldas

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Na Avenida da Independência Nacional, no Parque e na Rua Dr. Leão Azedo houve eventos que foram muito pouco participados

Caldas da Rainha foi uma das 42 cidades portuguesas que este ano se associaram ao Dia Europeu Sem Carros, um evento que pôs um ponto final na Semana Europeia da Mobilidade, assinalada entre 17 e 22 de Setembro. No passado sábado, diversas iniciativas trouxeram nova vida a algumas ruas e sensibilizaram miúdos e graúdos para a importância de repensar a forma como nos movimentamos, de forma a preservarmos a carteira e o meio ambiente.
Uma parte da Avenida da Independência Nacional esteve fechada ao trânsito. Em vez de carros, havia cestos de basquete, onde jovens se divertiam ao mesmo tempo que praticavam exercício físico. Uma unidade móvel de recolha de sangue desafiava quem por ali passava a dar um pouco de si para ajudar os mais doentes. Na Rua Dr. Leão Azedo, que nas últimas semanas esteve em obras, coube aos pequenitos “inaugurar” a agora rua pedonal, numa gincana.As crianças eram também as destinatárias da actividade em curso no Parque D. Carlos I – um circuito onde os mais novos eram desafiados a estrear-se no BTT. Já na Praça da Fruta, a autarquia desafiou os vendedores a não estacionarem as suas viaturas ao redor do tabuleiro, numa iniciativa a que foi dado o nome “Praça da Fruta Sem Barreiras”. Mas o certo é que na ausência dos veículos dos vendedores, foram os clientes a aproveitar o estacionamento, e a praça acabou por ficar, na mesma, rodeada de automóveis.
Na Loja da Mobilidade, na Rua Heróis da Grande Guerra, davam-se informações sobre os meios de transporte públicos disponíveis na cidade, faziam-se medições de emissão de CO2, experimentavam-se bicicletas, motas eléctricas e apelava-se à utilização de veículos mais amigos do ambiente.

Caldenses satisfazem curiosidade com veículos eléctricos

Nesta Semana Europeia da Mobilidade, muitos caldenses tiveram oportunidade de experimentar os veículos eléctricos em exposição no parque de estacionamento junto à sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste. Uma iniciativa que pretendeu dar a conhecer os veículos que ganham cada vez mais adeptos.
De acordo com um estudo recente do Observador Cetelem, “82% dos portugueses está disposto a comprar um veículo eléctrico, antes mesmo de  serem postos à disposição do público ou de o terem experimentado” ao passo que “76% dos consumidores acredita que o veículo elétrico irá permitir reduzir os custos de utilização com o automóvel”.
O estudo, divulgado no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, defende que “os portugueses estão prontos para a revolução dos eléctricos na mobilidade, têm uma boa imagem e encaram sem qualquer preocupação uma ruptura na relação com o automóvel tradicional”, sendo mesmo reconhecidos como “os mais entusiastas” com a chegada dos veículos eléctricos entre os portugueses. Num país onde os aumentos do preço dos combustíveis são notícia frequente, “70%dos portugueses admite vir a comprar um veículo eléctrico”.
Mas nem tudo é perfeito nesta solução para a mobilidade sustentável. O mesmo estudo diz que “em todos os países europeus analisados, possuir um veículo elétrico custa mais caro do que o veículo a gasolina”, uma conclusão tirada da análise dos custos de aquisição, despesas de manutenção, seguro e incentivos governamentais. “No caso específico de Portugal, o diferencial de preços é de 55% entre ambas as viaturas, sendo que os elétricos surgem como os mais dispendiosos”, realça ainda o Observador Cetelem.
Ainda assim, “os portugueses continuam a defender que o governo devia ajudar mais a indústria dos veículos elétricos”.

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Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt

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