O tempo médio de espera para obter uma consulta no CHO baixou de 102 dias em 2013 para 93 dias em 2014, mas várias especialidades continuam com tempos incríveis de espera. Dermatologia (dois anos), Psiquiatria (mais de seis meses) e Otorrino (cinco meses) estão à cabeça de uma lista que castiga os utentes oestinos do Serviço Nacional de Saúde.
No extremo oposto as consultas para Oncologia (17 dias), Medicina Física e Reabilitação (23 dias), Medicina Interna e Pediatria (ambas com 35 dias) são as mais rápidas de obter.
Nas cirurgias, a média das várias especialidades, mostra que de 2013 para 2014 o tempo médio de espera para uma “operação” se reduziu de 157 dias para 136.
A lista dos tempos de espera – que Gazeta das Caldas pediu à administração do CHO há três meses e que só nos foi enviada na passada terça-feira – não permite comparações com outros centros hospitalares do país e mostra realidades díspares nas várias especialidades.
A juntar à Dermatologia, Psiquiatria e Otorrino, também Ginecologia, Neurologia e Pneumologia têm tempos superiores a três meses de espera.
Para a Dermatologia, o CHO refere que a principal causa para estes dois anos de espera se devem à existência de apenas um único médico especialista deste serviço no Centro Hospitalar. “Apesar dos esforços desenvolvidos pelo CHO, consubstanciados na abertura de concursos para uma vaga de assistente hospitalar de Dermatologia, os mesmos têm ficado desertos por falta de candidatos”, diz a administração do Centro Hospitalar.
Já a Ortopedia é apresentada como um caso de sucesso pois reduziu-se de 2013 para 2014 o número de dias em lista de espera de 132 para 58.
Na Cirurgia, a administração destaca a redução (em termos médios) em menos 21 dias de um ano para o outro e explica por que razão as cirurgias em Ginecologia estão agora mais atrasadas (o tempo de espera aumentou de 56 para 89 dias): “resulta do facto do CHO ter dado prioridade à manutenção em funcionamento da maternidade e da urgência dessa especialidade, duas das áreas assistenciais deste serviço que são críticas para a área territorial e para a população servida pelo CHO, tendo por isso o serviço canalizado os médicos para essas áreas, com naturais reflexos na restante actividade”. Ou seja, para haver maternidade a funcionar, teve que se reduzir as cirurgias em Ginecologia.
Carlos Cipriano
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