A 14 de Novembro de 2006 foi leccionada a primeira aula a uma turma de Técnicas de Gestão de Turismo no pólo de Óbidos da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO). Uma década depois, a escola assinalou a data com várias iniciativas envolvendo os alunos e os concelhos das Caldas e de Óbidos.
Logo de manhã, e após momentos de dança na escola, alunos e professores dirigiram-se a pé para a estação ferroviária das Caldas para apanhar o comboio das 11h16 rumo a Óbidos. Uma iniciativa que envolveu 220 alunos e que pretendeu alertar para a necessidade de se investir na Linha do Oeste.
Uma turma de pastelaria do pólo de Óbidos confeccionou o almoço e os colegas de restauração e bebidas da Escola de Coimbra vieram dar uma ajuda, libertando assim os colegas oestinos. O regresso à Caldas foi feito a pé, numa caminhada que durou cerca de duas horas preferencialmente por caminhos rurais.
Sensibilizar a comunidade escolar para a importância da prática de estilos de vida saudável e a necessidade de se construir uma ciclovia entre as Caldas e Óbidos esteve na base deste percurso. O director da EHTO, Daniel Pinto, defende que
“faz todo o sentido criar este corredor verde, de que já se fala há vários anos, porque existe uma dinâmica clara entre as Caldas e Óbidos”.
Já no pólo caldense foram cantados os parabéns à escola, na presença dos alunos e de todo o executivo camarário. O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, começou por lembrar o processo conturbado da instalação da escola (que foi disputada pelos dois municípios) e destacou o papel do seu antecessor, Fernando Costa, para que esta ficasse nas Caldas.
O autarca informou ainda que os dois concelhos já acordaram na realização de um projecto conjunto para a construção de uma ciclovia a ligar as duas terras. No que respeita à Linha do Oeste, informou que o projecto de electrificação até às Caldas já tem o visto do Tribunal de Contas e que a obra deverá estar concluída em finais de 2020.
“Tudo aponta para que o comboio possa chegar ao centro de Lisboa em uma hora e 20 minutos”, referiu.
À Gazeta das Caldas Daniel Pinto disse que a escola, actualmente com 250 alunos, não tem condições para crescer mais, mas pretende dinamizar mais actividades. Para isso, precisa do espaço agora ocupado pelo Teatro da Rainha no mesmo edifício da escola e que deverá ficar livre com a criação da nova sede para a companhia artística.