Criado grupo de trabalho para defender a construção do Hospital Oeste Norte

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Hospital Oeste NorteO descontentamento com a decisão governamental de se proceder a uma ampliação do actual Centro Hospital Oeste Norte (CHON) em vez da criação de um novo equipamento, motivou a criação de um grupo no facebook, pelo jornalista Carlos Barroso, que conta já com mais de um milhar de seguidores.
Uma primeira reunião deste movimento informal, que decorreu no passado dia 19 de Maio na Expoeste, contou com a presença de 25 pessoas que constituíram um grupo de trabalho destinado a desenvolver acções para sensibilizar a população e políticos sobre a necessidade de criar um novo hospital no Oeste Norte.

O GANHO – Grupo de Apoio ao Novo Hospital Oeste Norte, conta com o mentor do hospital Oeste Norte, José Marques Serralheiro, os médicos António Curado e Joaquim Urbano, o administrador hospitalar Miguel Martins e os professores Teresa Mendes, Paulo Freitas e Arnaldo Serroeira (este último do Bombarral).
Durante mais de duas horas de reunião foram justificadas as razões pelas quais não se deve optar pela ampliação do actual hospital. Manuel Remédios, arquitecto do Centro Hospitalar, salientou que a ampliação incide na área de protecção do aquífero termal, que aquela casa já “é uma manta de retalhos” e que têm andado a colocar contentores de modo a adiar, sistematicamente, o problema.
O administrador hospital Miguel Martins falou da experiência da Guarda, em que o hospital foi ampliado e, passados quatro anos, necessitava de nova ampliação. Considera que se houver uma ampliação do hospital das Caldas irão perder profissionais de saúde, que querem ir para os novos, em Leiria e em Torres Vedras.
O responsável diz que a situação prevista vai sair mais cara. “Se pensarmos num período de 30 anos, explorar um hospital novo sai mais barato do que três unidades dispersas e com material obsoleto”, estimou.
Também presente na reunião, Vítor Dinis, candidato do Bloco de Esquerda pelo distrito de Leiria, mostrou-se “indignado” com a proposta de ampliação, lembrando que a criação de um novo equipamento de saúde no Oeste Norte foi uma das contrapartidas do governo para a região devido à deslocalização do aeroporto da Ota. Na sua opinião, o governo deve ser interpelado no sentido de mostrar os planos concretos que tem para cada uma das opções (construção ou ampliação) e comprometer-se com uma data para iniciar a obra.
Este caldense, que já foi promotor de um abaixo-assinado sobre a defesa do termalismo, pediu a união de todos para que conseguissem fazer pressão no governo sobre esta matéria.
Foi o facto de trabalhar num hospital do Médio Tejo que levou o administrador hospitalar, José Marques Serralheiro, a avançar com a ideia, em 2001, da criação de um hospital novo para o Oeste. Continua a bater-se por esta solução e lembrou as opiniões positivas de personalidades como Augusto Mateus, Daniel Bessa e António Carneiro, sobre este equipamento. Em tom de ironia, deixou a ideia de se colocar um balão no terreno escolhido (em Tornada) com a mensagem “Futuro Hospital”, ou então começarem a jogar no Euromilhões.
O médico António Curado já lançou uma petição nas redes sociais a favor de um novo hospital, onde refere que esta é uma atitude racional, em que as pessoas devem pensar “numa estrutura hospitalar que sirva toda a população”. Acredita também que o alargamento do actual equipamento e a criação de um novo hospital em Alcobaça fica mais caro do que a solução que defendem.
Também Luís Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal, marcou presença na reunião e louvou a iniciativa. “É muito importante as pessoas falarem fora do círculo da politica”, disse, mostrando-se favorável a uma nova construção. Luís Ribeiro disse ainda que não tinha assinado a petição porque esta não  refere o local onde será construído e, para ele, condição obrigatória é que seja no concelho das Caldas.
Já o médico Joaquim Urbano questionou-se como será trabalhar durante os três anos de obras, para dizer que “os doentes não merecem isso, nem os profissionais de saúde”. Também ele defende que a região Oeste Norte deve ter um hospital novo e nas Caldas.



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