A chanfana, prato tradicional da Beira Litoral, foi reinventada na iniciativa Cozinha de Autor de sexta-feira, 21 de Fevereiro, com a equipa de cozinha e substituir a tradicional carne de cabra velha por javali.
De acordo com o chef Rui Tarenta – que comandou as operações na cozinha – este foi o prato mais demorado, uma vez que a carne precisa de marinar duas a três vezes para perder o sabor da caça e depois necessita também de bastante tempo para a sua confecção.
Mas as surpresas do prato não ficaram pela carne. Também as batatas roxas suscitaram a curiosidade e espanto entre os comensais. Tratam-se de vitelotte, uma espécie de origem francesa e que pode ter outras cores, como o vermelho ou mesmo preto. Neste caso concreto este tipo de batata foi escolhido pela decoração do prato porque o sabor, embora ligeiramente mais ácido, não difere muito da batata normal.
Para prato de peixe foi escolhida a raia com molho de pitau. Trata-se de uma receita típica da zona da Figueira da Foz e tem a particularidade do molho “pitau” ser confeccionado com o próprio fígado da raia, azeite e alho esmagado.
As sobremesas incluíram um “três em um”, em que os alunos pegaram nas Brisas do Lis (um doce típico de Leiria) e as serviram em gelado, juntamente com pudim de leite e arroz doce.
A escolha das bebidas para acompanhar este almoço foi fácil, disse o chef Jorge Guilherme, dando nota que para aperitivo foi escolhido um espumante da Bairrada (um dos ex-libris da região das beiras) e o caipirão. Esta segunda bebida é um cocktail criado pelo formador da Escola de Hotelaria de Coimbra, Eduardo Vicente, e que tem por base o Licor Beirão, originário da Serra da Lousã, e voltaria no final da refeição como digestivo.
Durante o almoço foi servido um vinho branco Meia Encosta do Dão e um espumante Aliança.
Hoje, 28 de Fevereiro, o almoço será dedicado ao Oeste e não faltarão os peixes e mariscos tradicionais de Peniche e da Lagoa de Óbidos, a carne de porco originária de Alcobaça, ao tradicional pão de ló de Alfeizerão e a pêra Rocha do Oeste.
Pequeno-almoço na escola
Tem saudades de tomar um pequeno almoço continental ou à inglesa, onde não faltam os ovos mexidos, bacon, feijão estufado ou até o espumante?
Quem passou pela escola, nos dias 10 e 11 de Março, entre as 10h00 e as 11h30, pôde fazê-lo pela quantia de cinco euros.
No dia 10 foi servido o pequeno-almoço continental, composto por croissants, pães de leite, bolos à fatia, crepes com compostas, folhados, fruta laminada, café, leite, sumos e chás. Já no dia seguinte, sobre a mesa estiveram ovos mexidos, bacon, salsichas, feijão estufado, torradas, tomate grelhado, café, leite, sumos, chás e espumante, num verdadeiro pequeno-almoço de inspiração inglesa.
A iniciativa, que é nova na escola, estreou nos dias 24 e 25 de Fevereiro e insere-se nos conteúdos programáticos das disciplinas dos cursos técnicos de Cozinha e Pastelaria e de Serviço de Restauração e Bebidas, onde os alunos têm que aprender a confeccionar e servir os vários tipos de pequeno-almoço existentes.
O director da escola, Daniel Pinto reconhece que idealmente o pequeno almoço devia realizar-se mais cedo, mas só é possível fazê-lo entre as 10h00 e as 11h30 porque os alunos só começam as aulas às 9h00 e têm que ter tempo para o preparar.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

































