Região volta a números de há cinco meses. Além de Óbidos, o concelho de Arruda dos Vinhos também tem zero casos e há mais quatro concelhos abaixo dos dez
A pandemia continua a dar sinais de alívio na região, regressando a valores idênticos aos de outubro. Um dos dados mais animadores desta foi o regresso de dois concelhos aos zero casos ativos.
Segundo os dados dos boletins epidemiológicos da OesteCIM, Óbidos foi o primeiro a ficar livre de covid-19 após esta terceira vaga, o que aconteceu no domingo, 14 de outubro. O número de infetados no concelho vinha a baixar a pique nas últimas semanas. Há quase cinco meses que a região não tinha um concelho sem casos. O último dia em que tal se tinha verificado foi a 31 de outubro, então o Bombarral. Já Óbidos não tinha zero casos ativos desde 17 do mesmo mês.
Números da pandemia na região regressaram a valores anteriores ao surgimento da segunda vaga
O caso de Óbidos não é, porém, único. O boletim referente ao dia 15 de março, segunda-feira, indica que também Arruda dos Vinhos ficou livre de covid-19.
Na região, os 446 casos ativos do boletim de terça-feira são o número mais baixo desde 18 de outubro. Há ainda mais um dado que remete para o mesmo período que antecedeu, não a terceira vaga, mas a segunda. Na última semana o Oeste registou um número combinado de 109 novos casos, metade da semana anterior, o mais baixo desde a semana de 21 a 28 de setembro, ou seja, duas semanas depois do arranque do ano letivo.

Além de Óbidos e Arruda dos Vinhos, há outros concelhos que, mantendo a tendência das últimas semanas, se podem juntar a estes como livres de covid-19 nos próximos dias. Bombarral, Cadaval, Nazaré e Lourinhã encontram-se abaixo dos 10 casos ativos. E embora a expressão livre de covid seja, nesta fase, apenas temporária, só o facto de o número de casos estar tão baixo indica maior possibilidade de controlo.
A região tem apenas um concelho acima dos 100 casos ativos, Alenquer. Depois das Caldas da Rainha ter saído desse grupo na semana passada, esta semana foi a vez de Torres Vedras conseguir o mesmo.
O número de doentes recuperados na última semana na região foi de 515, mais 23 do que na semana passada.
No entanto, o número de óbitos foi superior, nove em relação aos oito da semana passada.
Também a taxa de mortalidade nos casos resolvidos tem descido de forma lenta, mas progressiva. Na região cifra-se nos 3,28%. Óbidos mantém a taxa de mortalidade mais elevada (8%), seguido das Caldas da Rainha (5,4%) e Arruda dos Vinhos (5%).
Vacinação nos concelhos do Oeste avança, apesar da suspensão da vacina da AstraZeneca. Nas Caldas já foram administradas cerca de 2.000
Duas mil vacinas nas Caldas
Nas Caldas, a 13 de março, já tinham sido administradas cerca de 2.000 vacinas no concelho.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, num vídeo publicado nas redes sociais da autarquia, salientou que, “quando, e se, as entidades da saúde o solicitarem, o município está preparado para disponibilizar instalações que permitam criar um centro de vacinação que dê resposta ao aumento de vacinas que tem sido anunciado”.
Em Alcobaça, “o processo de vacinação foi interrompido, por medida cautelar da DGS relacionada com a vacina dos laboratórios AstraZeneca”, informou o presidente da Câmara, Paulo Inácio, também através das redes sociais. “Nos próximos dias deverá ser retomada a vacinação no Pavilhão Gimnodesportivo de Alcobaça com a vacina da Pfizer”, justificou.
O autarca explicou ainda que estão a ser criadas cinco linhas de vacinação naquele espaço “de modo a dar vazão à expectável quadruplicação da disponibilidade de doses anunciada pelas autoridades de saúde para o mês de abril”.
Já na Nazaré, a autarquia informou que 1.147 utentes com mais de 80 anos e outros com mais de 50 anos com patologias associadas já tomaram uma dose da vacina. Destas, 302 pessoas com mais de 80 anos e entre os 50 e os 65 anos com comorbilidades, bem como os das Entidades Residenciais para Pessoas Idosas já receberam as duas doses da vacina, enquanto 845 pessoas receberam a primeira dose. Esta contagem não inclui os Bombeiros e as forças de segurança.
Entretanto, esta semana regressaram as aulas no pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico. Este regresso também prevê testagem progressiva e vacinação de professores e pessoal não docente, mas a vacinação está sofreu atrasos devido à suspensão da vacina da AstraZeneca. ■

































