Caldense em Lisboa está praticamente recuperado do Covid19

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O caldense Ricardo Sousa, que é cientista de dados em Lisboa, é um dos casos de pessoas infectadas com o Coronavírus, mas já está practicamente recuperado.

O jovem, de 27 anos, tinha-se deslocado a Madrid (Espanha) e havia regressado a 2 de Março. “Na altura o número de casos em Espanha era muito reduzido”, lembra. Não sabe se foi na capital espanhola que apanhou o vírus, mas diz que é muito provável. Quando regressou fez a sua vida normal, até porque as pessoas estavam longe de pensar que a situação iria atingir estas proporções. “Só no dia 10 de Março é que comecei a ficar alarmado porque tinha uma ligeira falta de ar que, mesmo tomando medicação – como sou asmático controlado, tinha uma bomba para situações SOS -, não melhorou”. A partir desse momento começou a trabalhar em casa e a tentar contactar a Saúde24, mas sem sucesso. No dia 12 à noite tinha febre (que atingiu os 38º, mas que durou apenas umas horas). No dia seguinte o seu caso foi marcado como suspeito e foi-lhe sugerido que se deslocasse ao Hospital de Santa Maria. “Fui com uma máscara, a pé, para não utilizar os transportes públicos”, conta. Foi nas tendas junto ao hospital que lhe fizeram o teste, com um cotonete e sem dor. Pediramlhe o seu contacto e disseram-lhe para se isolar em casa que os resultados lhe seriam comunicados. Foi já por volta das 22h00 do dia 14 que recebeu por telemóvel a informação de que o teste tinha acusado positivo, pelo que deveria manter-se em isolamento obrigatório, assim como as duas pessoas que com ele vivem. Já estava a tomar Paracetamol, pelo que deveria continuar. Se piorasse, deveria tentar contactar a Saúde24 e, em último caso, o 112. “Nunca piorei, mas só no dia 21 é que comecei a ficar melhor e deixei de tomar medicação”, explica. A partir de dia 20 começou a ser seguido pelos Delegados de Saúde, que lhe pediram uma lista de contactos de pessoas com quem tivesse estado antes dos sintomas. “Eu já tinha ligado a toda a gente”, ressalva. “Dia sim, dia não, os delegados falam comigo e com os contactos que dei”, conta.

Já sem sintomas, o jovem terá agora de esperar 14 dias para prevenir um possível contágio pós-sintomas. Ricardo Sousa afirma que este “é um vírus complicado e realça que ele é um jovem, portanto, não teve implicações mais complicadas. “Somos todos agentes de saúde pública, temos de ter cuidados”, lembra.

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