
A cerca de quatro meses do fim do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) do concelho das Caldas da Rainha, protocolado entre a autarquia, o Instituto da Segurança Social e a Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha (entidade coordenadora), ainda não se sabe o que vai acontecer ao projecto.
Instalado desde Janeiro de 2010 na Rua do Sacramento, nas antigas instalações da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, o Ponto de Ajuda pretende combater a pobreza persistente e a exclusão social, bem como criar parcerias que ajudem a desenvolver o concelho. O trabalho desenvolve-se sobretudo em quatro eixos: Emprego, Formação e Qualificação; Intervenção Familiar e Parental; Capacitação da Comunidade e das Instituições; Informação e Acessibilidades.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia, a entidade coordenadora do projecto, diz que “é uma pena se perdemos uma estrutura destas que durante três anos teve uma acção bastante importante em termos de comunidade caldense”. Quanto à possibilidade do facto de haver um novo governo poder dificultar a continuidade de um projecto iniciado nos tempos do governo de José Sócrates, Lalanda Ribeiro acredita que a razão “não é tanto a mudança do governo, mas sim a falta de dinheiro”.O recente prolongamento de um outro projecto social da Santa Casa da Misericórdia “abre algumas esperanças de que o CLDS possa ser prolongado por mais um ano, pelo menos”.
Com um orçamento de 500 mil euros, para um total de 36 meses de duração, o Ponto de Ajuda conta com seis funcionários, cinco a tempo inteiro e um em part-time, das áreas da animação sócio-cultural, psicologia, sociologia, entre outras. “Isso dava para pagar os vencimentos e dava para as despesas com as acções que se faziam”, diz Lalanda Ribeiro.
O responsável refere que, apesar da conjuntura, ainda há esperança de que estes projectos não fiquem por aqui. E diz já ter pedido à deputada Maria da Conceição Pereira, eleita pelo PSD, “que sensibilizasse o governo para que olhassem para o CLDS de forma que seja possível continuar a trabalhar com a comunidade caldense e dar-lhe apoio”.
Aquando a inauguração do projecto, e na qualidade de vereadora responsável pela Acção Social no concelho, Maria da Conceição Pereira garantiu que o CLDS local era a prova de que “nas Caldas a solidariedade não é uma palavra vã”. A ocasião foi ainda aproveitada pela vereadora para salientar que, ao contrário do que aconteceu noutros locais (como em Alcobaça e Nazaré), o Ponto de Ajuda não era um projecto intermunicipal, permitindo “abranger um público mais vasto, na medida em que está especificamente orientado só para o concelho caldense”.
Caso o governo decida não prolongar estes projectos, Lalanda Ribeiro diz que “se houver possibilidades de haver uma comparticipação de parceiros para os vencimentos, a parte forte das despesas, com certeza que teríamos todo o interesse e todo o gosto de manter esta valência na Misericórdia”.






























