O concurso para a instalação de uma zipline entre o Sítio e a Praia da Nazaré foi anulado pela Câmara devido à contestação popular em relação ao projecto e contra o qual já existia uma petição, lançada pelo Movimento Cívico pelo Promontório da Nazaré, assinada por 700 pessoas.
À Lusa, o presidente da Câmara Walter Chicharro esclareceu que “o concurso estava a decorrer, mas ainda sem relatório do júri”. Esta era uma ideia do actual executivo, que considerava o projecto interessante em termos turísticos. No entanto, face à oposição da população, o autarca levou a sessão de Câmara uma proposta para a não adjudicação da proposta.
O Movimento Cívico pelo Promontório da Nazaré reagiu em comunicado, onde se lê que o executivo municipal “atalhou a tempo uma decisão, que, aos nossos olhos, promoveria uma criminosa afronta ao património natural e ambiental mais simbólico da Nazaré”.
O movimento faz notar que a população local “se sabe unir e lutar quando os valores que reconhecem como importantes para a sua comunidade são atacados” e recorda que “tal como quando foi preciso defender a gestão pública das águas da Nazaré contra a ideia da sua privatização, também agora se uniram contra esse negócio da instalação de um elemento estranho à beleza natural e emblemática do promontório”.
A CDU, que também esteve sempre contra este projecto, também reagiu, afirmando que “num raro rasgo de racionalidade o executivo tomou a decisão de andar para trás com esse disparate sem tamanho que promoveu” e que “se preparava para ser um dos maiores atentados ao patrimónifo natural no nosso país”.
Aquela coligação diz ainda que “os atentados não se ficam por aqui pois basta olharmos para o areal da praia da Nazaré ou para o estado de abandono da parte “privatizada” da Pedralva”.
Contestação popular leva Câmara da Nazaré a desistir da zipline
- publicidade -































