
Uma semana sem falar português e sem degustar comida lusa. Esta a proposta do English Centre a 15 jovens que, durante uma semana, vivem os hábitos dos cidadãos em terras de Sua Majestade. “As camas são muito moles, a comida tem mais gordura, mas é uma experiência muito enriquecedora a nível cultural”, diz a professora Anabel Silva.
As férias da Páscoa são o período escolhido para esta viagem, que vai já na sua 17ª edição. Este ano participaram 15 raparigas, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos que frequentam as escolas da Benedita e das Caldas deste centro de línguas, e o balanço não podia ser mais positivo.
A residir na casa da senhora Molly, Margarida Venda, de 15 anos, ficou a conhecer muitos dos hábitos ingleses. As conversas permitiram-lhe ganhar mais à vontade com a língua estrangeira e também praticar para depois mostrar na escola a experiência adquirida.
A jovem caldense notou grandes diferenças, sobretudo ao nível da comida, que definiu como “esquisita”. Já a cidade de Londres veio a revelar-se maior do que pensava, depois de visitar diversos espaços da metrópole, onde não faltou o Big Ben ou o centro de diversões Piccadilly Circus. O Buckingham Palace, ex-líbris de Londres, também foi alvo de visita e dos respectivos registos fotográficos.
Beatriz Leal, de 17 anos, levava na bagagem expectativas bastante altas, até porque os seus amigos já tinham visitado o país. “É realmente uma capital muito bonita para visitar”, conta a jovem referindo-se a Londres.
A aluna caldense lembra que os primeiros dias foram os mais difíceis de passar porque queriam comunicar com as famílias e, porque estavam nervosas, parecia que o seu inglês não era assim tão fluente. Mas bastaram os dois primeiros dias de aulas na escola especializada no ensino do inglês para estrangeiros (onde participavam durante a manhã) para perder o receio e começar a falar mais livremente.
“Houve dias em que já pensávamos e comunicávamos em inglês entre nós”, explicou Beatriz Leal que ficou a residir, em Hastings, com um casal de cerca de 50 anos.
“Na primeira noite a senhora fez pizza e batatas fritas, mas depois comemos pratos tipicamente ingleses como o fish and chips”, disse a jovem, que gostou desta experiência gastronómica.
Beatriz Leal pretende tirar um curso superior em engenharia e tem noção que muitos dos livros técnicos que irá precisar estão escritos em inglês, pelo que pretende continuar a aprofundar os seus conhecimentos sobre a língua. “Facilita bastante o nosso futuro”, conta a jovem, que não descarta a possibilidade de vir a fazer um mestrado no estrangeiro.
Beatriz Leal destaca ainda que este tipo de viagens, para além de proporcionar um contacto mais directo com a língua também as ensina s a ser mais independentes e responsáveis.

Há muito tempo que Beatriz Reis, de 14 anos, queria ir a Inglaterra e gostou particularmente desta viagem por poder ir junto de amigas da mesma idade.
“Tinha a ideia de que os ingleses eram um bocadinho snobs, mas afinal gostam de conviver”, conta a jovem residente nas Barreiras (Bombarral), que gostou das pessoas e também do vasto património britânico que visitou.
“É uma experiência a repetir, nem penso duas vezes”, disse, dando-se conta que, mesmo depois de regressar, ainda davam “um yes ou no como resposta”.
O grupo ficou alojado com famílias de acolhimento, partilhando o jantar e o pequeno almoço, na cidade costeira de Hastings. Após as aulas, que decorriam durante a manhã, tinham as visitas a parques temáticos, monumentos e museus.
Esta semana no Reino Unido (entre 25 de Março e 1 de Abril) permitiu aos alunos do The English Centre partilharem momentos de camaradagem, uma nova experiência de vida e colocar em prática na origem os seus conhecimentos de inglês.
A escola está já a preparar a sua próxima viagem académica.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























