Concluídas obras de recuperação da muralha do castelo de Óbidos

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Concluídas obras de recuperação da muralha do castelo de Óbidos

Já terminaram as obras de requalificação da muralha do castelo e de algum património na vila de Óbidos. Aquela intervenção, que demorou perto de dois anos a ser concluída, envolveu um investimento próximo dos 800 mil euros, em parte comparticipado por fundos europeus. Autarquia quer fixar mais população.

A muralha de Óbidos já se encontra recuperada. Os trabalhos, orçados em 790 mil euros, e concretizados pela empresa Augusto de Oliveira Ferreira e Cª Lda, tiveram por objectivo resolver problemas estruturais em cerca de um quilómetro da muralha, além do tratamento de fissuras que foram identificadas em escadas de acesso.
Na Porta da Vila, para além do tratamento das fissuras e infiltrações, também foi restaurada a azulejaria, pintura mural, pedra, ferros e talha, ali existentes, enquanto que na Igreja de Santa Maria foi restaurado o portal, que estava em elevado estado de degradação. Foram ainda feitas intervenções na Porta da Senhora da Graça, no Postigo de Baixo, no Miradouro da Pousada e na Torre do Facho.
De acordo com o presidente da Câmara, Humberto Marques, as obras decorreram dentro dos prazos possíveis, face à complexidade da obra na salvaguarda do património, e sem quaisquer derrapagens financeiras, o que “é muito importante e mostra o rigor com que levamos a contas e, neste caso, o nosso património”. Em comunicado, o autarca diz mesmo que “não há memória de uma intervenção de fundo deste tipo”, em Óbidos.
Humberto Marques revelou ainda que o processo para estas obras, que tiveram financiamento comunitário, “foi particularmente difícil”. “Havia pouca verba e a União Europeia tinha colocado como exigência fazer uma ordem de prioridades para os monumentos [da Região Centro]”, explica, garantindo que, “não sendo o Castelo de Óbidos gerido pelo município, foi muito difícil colocá-lo como uma prioridade”. Realça, inclusive, que foi necessário muito esforço da parte da autarquia e a chancela da UNESCO, como Cidade da Literatura, para reforçar a capacidade negocial. O autarca refere ainda que esta obra está inserida numa estratégia global do município, que tem como um dos seis eixos fundamentais o património e por objectivo a fixação das pessoas e a preservação da identidade.

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