Comunidade partilhou saberes nas Gaeiras… enquanto a chuva deixou

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FogueiraOs Jovens Voluntários Gaeirenses (JVG) dinamizaram na tarde de sábado, 11 de Outubro, um conjunto de actividades de partilha de saberes, palavras, gestos e idades, envolvendo cerca de 400 pessoas. O evento, denominado, Espaço, Tradição e Comunidades (ETC) estava previsto decorrer durante todo o fim-de-semana, mas acabou por ser cancelado no domingo devido às más condições atmosféricas.

Jogos tradicionais, um piquenique, yoga em família e a confecção de pão foram algumas das actividades desenvolvidas no Convento de S. Miguel durante a tarde de sábado. Enquanto os mais velhos não quiseram deixar de experimentar alguns dos jogos comunitários dos seus tempos de juventude, como o lançar do peão, os mais novos perceberam que se podem divertir também com estas actividades.
De acordo com o presidente da JVG, Ricardo Duque, houve um “grande envolvimento e participação” nas actividades que conseguiram realizar. Mas infelizmente a maioria não se realizaram devido ao mau tempo. “Ficámos até surpreendidos com o interesse e alegria de todos os participantes na partilha dos saberes e dos espaços”, disse o jovem dirigente associativo, convicto que esta é uma forma de aproximação muito importante pois cria laços inter-geracionais muito fortes. Para além disso, permite também a transmissão de um património imaterial que “é urgente preservar e permite a todas as pessoas contribuir com a sua história”.
Participaram no evento cerca de 400 pessoas e a organização esperava uma “maior enchente” para o período da noite, altura em que iriam decorrer experiências gastronómicas e concertos.
O evento teve de ser cancelado e não deverá ser repetido. No entanto, os jovens estão empenhados na construção de um novo formato para consolidar o conceito. “Queremos, durante o ano e até à próxima edição do Espaço Tradição e Comunidades, fazer acontecer, em diferentes momentos, os diferentes conteúdos que deveriam ter tido lugar no fim de semana passado”, explica Ricardo Duque.
Estiveram envolvidos neste primeiro ETC mais de 40 jovens voluntários que querem envolver a comunidade e criar laços de qualidade entre as pessoas que participam e habitam o mesmo território. “A tradição não deve ser estanque nem ser considerada um objecto museológico”, refere Ricardo Duque, destacando que esta necessita de ser conhecida, partilhada e vivida, podendo criar “oportunidades de desenvolvimento e re-localização do património imaterial numa perspectiva de empowerment territorial”.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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