Como melhorar os níveis de “habitabilidade” ou de qualidade de vida urbana? O exemplo de Vancouver!

0
646

Ter a melhor qualidade de vida num local ou noutro é sempre subjectivo e é difícil chegar a uma conclusão imediata. Contudo, com base em alguns dados objectivos, é possível comparar e há organizações e publicações internacionais que o fazem periodicamente.
Uma delas é a Economist Intelligence Unit, do The Economist, sediada em Londres, que divulgou no mês de Agosto o ranking das 140 cidades mundiais melhores e piores em termos de habitabilidade e qualidade de vida. Este ranking pretende “avaliar que locais no mundo oferecem as melhores ou as piores condições de vida”.
Os dados de 2012 colocam Melbourne (Austrália), Viena (Áustria) e Vancouver (Canadá) nos três primeiros lugares. E Lagos (Nigeria), Port  Moresby (Papua-Nova Guiné) e Dhaka (Bangladesh) nos três piores.
Em relação às análises dos últimos anos verifica-se uma mudança nas cidades do topo da análise, tendo Vancouver (que se manteve uma década em primeiro lugar) descido para a 3ª posição mundial e Melbourne e Viena de Áustria, passado respectivamente para a 1ª e 2ª posições. Contudo o ranking das 65 melhores cidades no mundo para viver mantém-se estável, com pequenas alterações entre elas.
Entre as primeiras dez podemos ainda encontrar as seguintes cidades, por ordem decrescente: Toronto, Cargary, Adelaide, Sidney, Helsínquia, Perth e Auckland. Temos assim entre as dez primeiras, quatro cidades australianas, três canadianas, apenas duas europeias e uma neo-zelandesa.
Entre as priores para viver o estudo refere por ordem decrescente também: Abidjan (Costa do Marfim), Tehrão (Irão), Douala (Camarões), Tripoli (Líbia), Karashi (Paquistão), Argel (Argélia), Harare (Zimbawe), Lagos (Nigeria), Port  Moresby (Papua-Nova Guiné) e Dhaka (Bangladesh).
Os critérios utilizados para avaliar as diferentes cidades prendem-se com as seguintes questões: estabilidade económica (peso de 25%), cuidados de saúde (20%), cultura e ambiente (25%), educação (10%) e infraestruturas (20%).
Segundo os responsáveis pelo estudo, a diferença entre a 1ª e a 10ª cidade é de apenas 1,8%, o que é sensivelmente muito pouco.
Em relação ao critério Cultura e Ambiente, a cidade de Vancouver foi a que obteve a marca máxima de 100%. A sua queda para o terceiro lugar da lista (depois de ter estado em primeiro lugar nos últimos dez anos), deve-se a uma ligeira perda nas performances relacionadas com a pequena criminalidade na cidade, a falta de disponibilidade de habitação e congestionamento rodoviário.

O RETORNO DOS IMPOSTOS

Mesmo assim Vancouver ainda é uma referência mundial porque desempenha um papel central na sustentabilidade e na política ecológica, bem como na promoção das artes e da actividade de dinamização cultural, investindo anualmente 10 milhões de dólares (7,7 milhões de euros) em projectos com subvenções públicas, o maior financiamento municipal per capita no Canadá. Este investimento substancial, por sua vez, gera um retorno de 13 dólares (10 euros) por cada dólar municipal investido.
Também Vancouver se destaca pela uma forte tradição de    empreendedorismo social e investimento social e apoio importante aos jovens artistas e líderes culturais, preparados para inovar a forma de fazer negócios, criando um clima excitante para uma vida cultural rica.
Em nenhuma destas cidades existe como critério para atrair pessoas apenas o peso dos impostos e taxas. Antes pelo contrário, os impostos e taxas são as contrapartidas para a melhor qualidade de vida, com cidades mais limpas, organizadas e eficientes, tendo a inovação e a criatividade como padrão. O mais importante é verificar por quanto dólar ou euro gasto, quanto emprego é criado e quanto retorno em recursos é gerado.
Apresentamos algumas fotografias da cidade de Vancouver, especialmente dos seus aspectos arquitectónicos integrados no ambiente e na vida urbana dos residentes, que lhe permite ter a classificação máxima na qualidade de vida a nível mundial.

- publicidade -

JLAS

- publicidade -