A Comissão de Utentes do Centro Hospital do Oeste (CHO) reuniu na passada terça-feira, 16 Janeiro, com diversas entidades para debater a saúde nos concelhos abrangidos pelo hospital das Caldas da Rainha. A mesma comissão já pediu uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa, para falar dos problemas do hospital das Caldas e manifestar a sua preocupação pelos sucessivos adiamentos de passagem do CHO para EPE.
Vítor Dinis, porta-voz da comissão pretende também manifestar a sua discordância com a manutenção da actual administração. Considera que, depois de feitas as obras nas urgências e a alteração de estatuto do centro hospitalar, “implicitamente a administração terá que ser substituída porque não está à altura de responder às necessidades”.
O dirigente mostrou ainda a sua indignação com o facto da presidente do Conselho de Administração do CHO, Ana Paula Harfouche, não ter comparecido à reunião, que decorreu no Inatel da Foz do Arelho, por estar de férias. A responsável fez-se substituir pelo director clínico, António Curado, que prestou as explicações solicitadas relativamente aos problemas do centro hospitalar. Informou, por exemplo, que as obras na cantina (fechada pela ASAE) começaram a 27 de Dezembro e que estarão concluídas em 60 dias, que existe falta de médicos especializados, assim como de equipamentos. Por outro lado, António Curado disse que nas Caldas o número de consultas externas aumentou, bem como o número de cirurgias.
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De acordo com Vítor Dinis, foi também dada a informação de que será feita uma farmácia no hospital das Caldas e que deverá ficar situada na zona do parque de estacionamento, por detrás do edifício principal.
A comissão de utentes tinha pedido, já em Novembro do ano passado, os valores da despesa no transporte de utentes entre as Caldas e Torres Vedras, e vice-versa, sem que tenha obtido resposta. Vítor Dinis soube agora que “não há uma especificação do que é pago”, o que lamenta, pois queria confrontar os valores de antes e depois da fusão dos hospitais.
Nesta primeira reunião ficou ainda definido que as entidades que participaram nesta reunião (representantes dos municípios, do CHO, dos bombeiros, da GNR, da PSP e da própria comissão de utentes) passarão a encontrar-se duas vezes por ano para fazer um balanço do trabalho feito e decidir quais as medidas a tomar para que a saúde no Oeste melhore.
Vítor Dinis referiu ainda que os elementos da comissão têm sido “incomodados por pessoas que dizem que não estamos no terreno e questionam o que andamos a fazer”. Garante que não andam a “mando de ninguém” e que actuam “pela sua própria cabeça”, fazendo saber que antes de recorrer a outras formas de reivindicação irão falar com o primeiro-ministro e, se necessário, com o Presidente da República.
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